Chamas Eternas

40 2 8
                                    

À beira das lágrimas, cheia de memórias e emoções, Susamaru e Yahaba continuavam com a parte deles, rascunhando a planta do castelo e segurando o choro, pois sempre lembravam de Muzan em meio àquilo.

-"Não pare suas mãos, não chore, nós vamos vencer," dizia o garoto enquanto a outra concordava com a cabeça, ainda tentando manter o pincel reto. Enquanto isso, em outro cômodo da mansão de Kibutsuji, Murata, Okidõ, Kõheisei e Akira cuidavam de Tanjiro, que dormia em febre e suor. -Ele parece estar com dor-, os cuidadores trocavam os panos para limpá-lo. -Fiz como me instruíram e injetei o remédio que aquela oni, Yushiro, me deu... isso está fazendo ele voltar a ser humano?-

A luta do lado de fora da mansão ia terminando aos poucos, Makomo finalizava os onis. -Tanjiro está voltando a ser humano, se isso acontecer teremos enfim acabado com Kagaya e todo o seu plano... o que você pensaria em meu lugar, Sakonji? O único demônio que não morreu para o sol, é irmão da minha pupila, que agora está encarando os monstros mais fortes do Japão...- O corpo de Makomo começava a suar repentinamente, enquanto suas mãos tremiam em meio aos golpes. -As palavras 'ato final' passaram pela minha cabeça várias vezes... meu coração aperta, e bate mais rápido, essa longa batalha tem chance de acabar essa noite, eu nunca imaginei isso... Nezuko, Tanjiro, todo mundo... ninguém pode perder hoje!-

Palácio Infinito

No centro do palácio, uma bola de carne e morte estava parada em queda livre. Aquilo batia e respirava como um coração e era a única parte em que o palácio não se alterava. -Dentro desse casulo de carne...- - e no mesmo lugar, Yushiro estava presa nas entranhas daquilo, sangrando e machucada, sem conseguir regenerar o resto do rosto. -Ele está tentando dissolver o medicamento feito para torná-lo humano de novo. Eu também serei absorvida em algum momento, então, por favor, alguém... venha rápido... Por favor!- Suas habilidades demoníacas não faziam mais efeito naquele ponto.

Correndo pelos corredores do palácio, a família aranha (nome não oficial) avançava unida na direção indicada pelos corvos, lidando tranquilamente com os onis e progredindo.

-"Se nos encontrarmos com Kagaya, deixem o trabalho maior para mim e o Rui, não o enfrentem diretamente, entenderam!?" Chikumo continuava alertando-os, mesmo que os três filhos já estivessem de saco cheio de ouvir aquilo.

-"Pai, eu entendo sua preocupação, mas se a gente tem que lutar, nós vamos, ué, não dá pra impedir," respondeu a filha, dando de ombros. O pai bufou irritado.

-"Ele é o demônio rei, o Rui só vai enfrentá-lo por ser um Hashira, mas se eu decidisse, nem ele iria lutar. Vocês jovens podem achar chato escutar isso, mas vou repetir quantas vezes forem necessárias para mantê-los a salvo!" Se já estavam desunidos contra onis mais fracos, imagina contra o mais poderoso.

-"Enfim, eu acho que eu..." enquanto Akutō falava, uma parede surgiu à sua frente do nada. Ele bateu de cara ali, parando em um lugar completamente diferente.

-"Que!?... sacanagem!" O irmão mais velho havia se separado da família. Ele se virou e encarou o cômodo em que estava, começando a correr para fora dali e procurar um lugar mais aberto. -Que chatice esse castelo! Odeio com todas as minhas...- enquanto virava de cômodo, ele parou em um lugar que, definitivamente, não deveria. Um quarto em chamas, com corpos carbonizados e espadas derretidas; só uma figura estava de pé naquele lugar, e ela se virou para o garoto, ainda pegando fogo. Nesse contexto, o jovem pensou somente uma coisa: -Fudeu.-

Ele saiu correndo de lá, e então o lugar explodiu, o impulsionando para frente e derrubando-o momentaneamente. Quando seus pés voltaram à estabilidade, o jovem sacou sua Nichirin e a mirou contra seu adversário, até enxergá-lo, na realidade, atrás de si. -O que?- Ele não havia entendido, porém não questionou, ele se virou e correu na direção do oni.

Kimetsu no Yaiba: SwapOnde histórias criam vida. Descubra agora