Uma jovem com uma vida normal como todas as outras, até somente uma diferença ocorrer: seu irmão, Tanjiro Kamado, ficou doente justo no dia de entrega. Então, para ajudá-lo, Nezuko se oferece para fazer o trabalho. Ela pega o carvão e desce até a vi...
Uma manhã linda, o sol reluzia pelas gramas, deixando as mesmas com um tom amarelado, a brisa que passava era refrescante, fechava meus olhos e sentia como se já houvesse conseguido encontrar a paz naquele lugar. Mas então uma árvore de tamanho médio é cortada, caindo logo ao meu lado, fazendo-me acordar de meus pensamentos...
-"Yuichiro, você está bem? A árvore não lhe acertou?" Aquela voz, aquela voz gentil e acolhedora, seguida dos olhos, olhos cor vermelho-escuro, belos demais para um homem cujo trabalho era cortar árvores. Meu pai era quem se aproximava, analisando meu corpo com aqueles olhos, ele sempre demonstrava essa preocupação comigo, ele é uma boa pessoa... tão bom que não queria ajuda para cortar as árvores, pois temia que outros se machucassem na hora de a cortar...
Uma noite assustadora, a chuva caía com força, alagando a entrada de nossa casa brevemente, minha mãe estava deitada em um futon, gripada com um resfriado que evoluiu para uma bronquite. Eu estava sozinho em casa, tentando ajudar minha mãe do modo que conseguia, colocando um pano com água quente sob sua cabeça, evitando que a água da chuva se alastrasse mais... Por que eu estava sozinho?... Ah, sim... Meu pai havia saído em meio à tempestade, ele foi atrás de ervas medicinais para ajudar minha mãe naquele momento, mas infelizmente, por conta da forte chuva... ele resvalou em seu caminho e caiu para sua morte de um penhasco... como eu era apenas uma criança, não havia nada que eu poderia fazer para ajudar minha mãe, então no fim, ambos meus pais foram enterrados por mim...
Quando eu tinha apenas dez anos, eu fiquei sozinho... não, eu não fiquei sozinho... tinha outra pessoa comigo, mas quem era?... ah, sim...
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Eu tinha ainda meu irmão gêmeo, Muichiro.
Muichiro era... fraco, ele tinha o mesmo pensamento de nosso pai: "Ajude os outros que um dia essa compaixão voltará para você." Isso nunca se provou verdade, nosso pai se foi, e nós estamos pobres, quando que essa bondade ajudou? Eu precisava mudar a cabeça de meu irmão se eu quisesse que ele sobrevivesse... como irmão mais velho, era o meu dever educá-lo agora.
-"Compaixão é inútil para os humanos. Não importa se você faz o bem a alguém, isso não vai retornar para você." Eu sempre dizia essas coisas, mas ele sempre argumentava que o pai falava de um modo diferente...
-"As palavras de um homem que morreu tentando ajudar alguém são inúteis..." meu irmão parecia nunca me escutar de verdade.
-"Por que você diz isso? O pai estava tentando ajudar a mãe..."
-"As ervas não iriam ajudá-la naquelas condições, foi muita burrice o pai ter saído sem pensar nisso antes..." Eu era maligno em minhas palavras, eu sabia que aquilo feria Muichiro de certa forma, mas ele precisava entender de uma vez que o mundo não iria o ajudar, que a bondade que ele fazia apenas traria mais desgraça.
