O Contra Ataque das Luas - Parte 1

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Na Estrada.

Nezuko e Zenitsu caminhavam normalmente pela rua, indo na direção sudoeste, onde se dizia que um oni estava atacando pessoas. Era uma missão aparentemente comum. Durante a caminhada, não houve nada em particular a ser comentado, apenas alguns diálogos.

-"Ai, tem algo que me incomoda muito... mesmo que tenhamos ficado mais fortes, nenhum de nós conseguiu vencer a Kuxo nos treinamentos de batalha", Zenitsu falava em um tom pesado, visivelmente frustrado. Ele parecia querer lutar contra Kanao novamente.

-"É verdade, mesmo que possamos ser mais rápidos que ela em um jogo de parar copos, isso não significa que podemos derrotá-la em uma luta. Devemos nos esforçar para nos tornarmos mais fortes", Nezuko respondia, com uma expressão pensativa.

-"Até mesmo suas palavras soam automáticas", Zenitsu debochava.

-"Como assim?"

-"Você está quieta o caminho todo, sempre que eu digo algo, você responde de forma automática. É um tanto irritante, mas estou me acostumando, suponho."

Nezuko não tinha percebido que seu desconforto estava tão evidente. -Claro, nada saiu como planejado... Eu queria entender melhor a Kanao, mas não consegui. Queria falar com o Douma, mas não o encontrei... E, além disso, o Inosuke se separou de nós-, ela suspirava. -Vai dar tudo certo... Vou me concentrar nessa missão.-

A partir desse momento, o resto do caminho foi percorrido em silêncio, pois Zenitsu desistiu de falar, já que Nezuko não parecia estar prestando atenção nele.

Após algum tempo caminhando, a noite começava a se aproximar, Nezuko e Zenitsu precisariam fazer uma parada. Ainda faltavam alguns metros para chegarem ao seu destino.

-"Que droga... Não acho que encontraremos um local seguro para descansar no meio da estrada", Nezuko dizia pensativamente.

-"CAW CAW! Há, sim, um lugar. Sigam-me!", o corvo chamava a atenção deles, os guiando agora para uma casa com um brasão de glicínia pintado na porta.

Local de Descanso.

-"Uau, muito obrigada!" dizia Nezuko, sorrindo e batendo na porta. Rapidamente, uma senhora bem velhinha os atendia.

-"Sejam bem-vindos, entrem..." ela dizia com calma e gentileza.

-"Nos desculpe pelo incômodo", logo ambos entravam e eram direcionados para os quartos disponíveis no local.

-"Caramba, aquela senhora parece bem fraca", Zenitsu dizia ao se sentar no futon que estava ali.

-"Não fale assim dela, Zenitsu. Ela está nos cedendo um lugar... Falar desse jeito é uma falta de respeito", Nezuko o repreendia.

-"Mas estou errado? Se uma pessoa está fraca, o mínimo que ela pode fazer é servir de apoio para alguém mais forte, é a lógica. Na natureza, é assim."

-"Mas aqui não é a natureza", aquela resposta deixou Zenitsu pensativo. A senhora, após alguns minutos, trouxe comida para eles, sendo extremamente educada. O corvo explicou para Nezuko que as famílias com o brasão de glicínia são conhecidas por dar apoio aos caçadores de demônios. Ou seja, se você é um caçador, as famílias com o brasão irão servi-lo sem pedir nada em troca.

-"Obrigada", Nezuko falou sorridente para a senhora. Após ambos terminarem a refeição, eles se prepararam para dormir.

-"Zenitsu...", mas algo fez Nezuko refletir, ela se sentia incomodada.

-"O que foi, doida?"

-"Você se lembra de algo da sua vida antes dos caçadores? Seu modo de agir, as coisas que você diz... Realmente fazem você parecer um animal, mas não é esse o caso... Onde estão seus pais?" Zenitsu a olhou nos olhos, mesmo com a máscara, Nezuko conseguia notar o contato visual.

Kimetsu no Yaiba: SwapOnde histórias criam vida. Descubra agora