XIII.

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Dahyun's POV

Errei rudemente em reclamar tanto de boca cheia e tive certeza absoluta que aquilo era castigo divino quando ouvi aquele nome sair da boca de Sana.

Talvez houvesse no mundo muitas formas de foder com a vida de alguém, mas comigo já era um lance um pouco pessoal, eu acho.

Qual a probabilidade de Im Nayeon reaparecer na minha vida, e pior: com Momo, Tzuyu e Mina na minha casa?!

Quase zero, se a vida não fosse tão filha da puta.

- Onde ela está? - Por mais que eu tivesse medo da resposta, tive que perguntar.

- À caminho. - Sana bufou, se encostando no balcão. - Que bolo é esse? Você que fez?

- Foi. Quer?

- Não, obrigada. Estou de dieta. - Bufei com o rosto irônico de Sana.

Inconscientemente segui o movimento de sua mão, que foi parar em sua barriga por baixo daquela lingerie ridícula. Tzuyu no canto faltava só babar e eu achei o cúmulo do absurdo.

- Sai dessa porra, você é dez anos mais velha que ela. - Em seu ouvido eu alertei, vendo como ela rapidamente ergueu as mãos em rendição.

Minatozaki Sana conseguia ser ridícula.

- Que maldade. - Ela sorriu, enquanto subia as escadas.

- Segura ela, eu dou um jeito.

Eu dava um jeito um caralho. A última conversa que tive com Nayeon foi há mais ou menos três anos, antes dela conseguir estragar totalmente sua imagem, levando consigo todo o resto de nossa amizade.

Só não esperava que a Jeongyeon viesse junto, ou eu iria surtar. Surtar de verdade.

- Momo, pode vir comigo? - Chamei a morena, que não exitou em me seguir.

O momento doce que me cercou se tornou amargo quando a realidade me socou mais uma vez: eu definitivamente não tenho a porra do direito de ter um dia de paz.

Já conhecendo a figura taiwanesa que estava debaixo do meu teto, eu não me poupei em encontrar o local mais reservado: minha sala de jogos.

Uma sala que eu mandei fazer especificamente para me divertir com Marília, Sana e Nayeon. Só usamos duas vezes, mas ainda sim era um local bonito e me trazia boas lembranças.

O isolamento acústico me salvaria dos ouvidos super sônicos de Chou Tzuyu, por enquanto.

Só não me salvaria da presença sufocante de Hirai Momo.

Às vezes eu chamo uns problemas pra minha vida que eu não sei segurar. Ali, em pé e com os braços cruzados, consegui ver a face de um verdadeiro demônio da luxúria. Já não me bastava o beijo que o satanás me deu na nuca como se estivesse fazendo o ato mais banal da Terra, ainda havia aquele cheiro gostoso que emanava de si.

Podia jurar que eram meus produtos corporais. Ri internamente.

- Então...

Ela arqueou a orelha e eu me apoiei em uma das mesas de sinuca, sentando na mesma. Procurei com todas as forças como eu iria ter que entrar naquele assunto e fazer o que eu precisava, mas um medo quase irracional me inundou.

Hot Mess • DahmoOnde histórias criam vida. Descubra agora