XVII.

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- Não acredito que essa filha da puta vai vir encher o raio do seu saco.

Dahyun suspirou audivelmente, se espreguiçando no banco do carro luxuoso. Marília dirigia tranquilamente, levando no banco de trás uma Chou Tzuyu completamente sonolenta consigo.

O motivo? Reunião de escola, onde Dahyun se apresentaria como responsável de Chou, afinal Momo se encontrava com o rosto completamente ferido ainda pela briga no dia anterior.

- Acho que ela quer me exterminar antes dos 30, fazer eu me matar de uma vez.

- Você não conversou com ela?

- Sim, tentei adiar, mas ela disse que somos irmãs e estamos muito afastadas. - A coreana suspirou. - Isso é uma merda.

- Na hora de me colocar galho, ela estava bem confortável perto de você. - Marília sorriu, colocando o carro no neutro enquanto esperava o semáforo ficar verde. - Cínica.

Dahyun sentiu suas pernas tremerem. Como assim Marília sabia?

Atrás, a Chou escutava o assunto mais atenta que nunca, automaticamente se livrando daquele sono matinal.

- Do que você está falando?

- Pelo amor de Deus, Dahyun. Acha que eu sou idiota ou o quê? Fui criada com leite ninho não, estava na cara que ela e aquela outra arrombada Jeong... Jeong o quê?

- Jeongyeon. - Tzuyu completou.

- Isso. Ela e essa outra piranha estavam de caso. Eu que me fodi, agora ela não me deixa em paz. - Sorridente, a mulher acelerou, de uma forma despreocupada.

- Ela vai ficar em cima da Momo o tempo todo. - Dahyun esfregou as mãos no rosto, largando mais o corpo no banco. - Como eu escondo aquele roxo no olho dela?

- Toda arregaçada. - Marília gargalhou, batendo no volante. - Toda fodida, estraçalhada, humilhada.

- E teimosa, ainda! Ela não me deixa limpar. Eu já estou perdendo a paciência e jogando ela nas suas mãos, aí sim ela vai ver o que é uma mão pesada de verdade.

- Vai criar juízo direitinho antes de sair batendo na outra fodida da Sana. - Marília desligou o carro, estacionando-o na frente da escola. - Chegamos, Tizuiú. Qual o script?

- Script de quê? - A garota enfiou o rosto entre os bancos, assustada.

- Como assim, banana? Nós vamos acompanhar a reunião, Dahyun vai ser a sua cunhada e eu serei... eu.

Tzuyu sentiu seu mundo girar aos montes. Se apoiou nos bancos, o rosto angelical se tornando cada vez mais branco. Ela não poderia deixar de forma alguma a irmã saber de todas as suas notas baixas, resultado de passar algumas aulas admirando a beleza de Chaeyoung.

- Ok, qual a chance de eu fugir disso?

- Zero. - Dahyun fitava as unhas, despreocupada.

- Você não é a minha cunhada já, de qualquer forma? - Ela arqueou a sobrancelha, um sorrisinho irônico.

- Coitada, no dia que isso acontecer, ela solta fogos. - A brasileira abriu a porta do carro, saindo do mesmo e colocando as chaves no seu bolso.

Tzuyu resolveu ignorar o rosto furiosamente vermelho de Dahyun, já que possuía problemas maiores.

E um desses problemas estava ali, com sua avó picotadora de adolescentes ao lado. A Chou até tentou fugir, mas Dahyun possuía em suas costas o maior desejo do mundo de se vingar por tudo que a garota havia feito para si. Então, sorridente, agarrou-se no braço da menina, quase saltitando em direção à Chaeyoung e sua avó.

Hot Mess • DahmoOnde histórias criam vida. Descubra agora