Café da Manhã

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  Senti algo quente em meu corpo, me forçando assim a abrir meus olhos, sendo surpreendida pelos fortes raios de sol que adentravam o quarto, sento na cama e puxo o cobertor para cobrir minha nudez; ficamos tão distraídos ontem que nem nos lembramos de puxar as cortinas, e quando pensei no que fizemos, comecei a rir igual a uma adolescente apaixonada. Nossa! O Grandão me revirou inteira, aquela língua dele deveria vir com um aviso de perigo, olho para o lado e o mesmo está dormindo profundamente, me aconchego em sua direção e fico o observando por um tempo e constatei que parece um anjo de tão lindo e calmo. Meus pensamentos são interrompidos por um barulho estranho, que reconheci como o toque do meu celular, com isso levantei-me rápido da cama, com cuidado para não acordar Djalma e vou seguindo o som que me leva até a sala, quando vejo é uma ligação da minha secretária Vitória, agilmente o pego e atendo:

— Olá, bom dia! Tudo bem?

— Bom dia? Já são quase duas da tarde Larissa! Ah, desculpe, me esqueci que você está em outro país. — quase rio com essa fala que é tão Vitória, que é um ser e profissional incrível, mas um tanto quanto louquinha da cabeça e meio desligada, contudo, curiosa para saber o motivo de sua ligação, vou direto ao ponto e digo:

— Sim meu bem, estou em outro país e não precisa se desculpar, então, qual o motivo de estar me ligando Vitória? Aconteceu algo? — ouço seu suspiro e já me preparo.

— Na verdade, aconteceu sim Larissa. A emissora está um caos sem você, sério, está todo mundo perdido e sem saber o que fazer, além disso todos estão curiosos em relação a sua matéria e estou escutando comentários do tipo ''ela nunca teve um namorado ou namorada, como irá escrever sobre o amor já que nunca o sentiu''. Enfim... — agora foi a minha vez de suspirar com isso, suspeitei que algo assim fosse ocorrer, mas, ouvir que está ocorrendo é bem diferente do que apenas imaginar. Respiro fundo e respondo:

— Já suspeitava de coisas assim Vitória, mas não posso fazer nada. Além do mais, você sabe que apesar de estar escrevendo a matéria estou também de férias, e portanto, sem compromisso com a emissora nesse momento. Quando meu período de descanso acabar vou voltar e e resolver tudo certo, já faz um bom tempo que não consigo tirar um tempo para mim, então é isso. É sobre isso e está tudo bem.

— Te entendo completamente Larissa, aproveita suas férias e volta com uma matéria maravilhosa, como todas as outras que fez. Beijos e se cuida, tive um sonho que algo ruim acontecia com você.

— Beijos! Calma, como assim, que sonho foi esse? Vitória?! — antes que ela pudesse me responder a chamada caiu, fiquei desesperada e tentei ligar de novo mas só dava caixa postal. Pelos deuses, o que está acontecendo? Até que entendi o motivo dela me ligar, principalmente sabendo que estou de férias, ela queria saber se eu estava bem e realmente estou, contudo, sinto que algo vai acontecer e a ligação dela foi como um presságio, como um aviso. Com o coração saltando, caminhei em silêncio até o quarto, afinal, preciso colocar uma roupa e tomar um banho -inverteu as ordens né querida- aff, você voltou autora, confesso que não estava sentindo sua falta -eu sei-. Ignorei e fui executar o que planejei.

Quando entrei no quarto, vi o Grandão ainda dormindo, peguei uma calça jeans preta e uma blusa branca com um decote em V e fui para o banheiro, ao me olhar no espelho percebi a juba que está meu cabelo e nossa. Ainda bem que tenho tempo. Vou para o box, ligo e chuveiro e me banho por uns longos minutos,  permito demorar e cuidar de mim com muito carinho.

— Aiii! — gritei assustada ao sentir duas mãos grandes em minha cintura e quando olhei para trás vi Djalma sorrindo igual criança e me envolvendo em seus braços. O olhei incrédula e, depois de me estabilizar falo:

— Está querendo me matar de susto! Quase que infartei agora!

— Não sei o que significa infarto, mas, pode ter certeza que não quero te matar Cachinhos, que assunto mais bobo. Na verdade, acordei feliz e cheio de vontade de te beijar só que você não estava na cama, fiquei preocupado e quando ouvi o som de água vim para cá e ao te ver toda nua e linda não pude resistir. — sinto seus beijos em meu pescoço ao final de sua fala e confesso que nem estou mais com raiva, vou me esfregando nele, ouvindo seus grunhidos e respondo:

— Tudo bem Grandão, está perdoado, mas por favor não faça mais isso.

— Pode deixar linda! Agora, encosta na parede e se segure em mim. — sorrio com expectativa e faço exatamente o que ele mandou. Djalma ajoelha em minha frente, coloca minhas mãos em seus ombros, me dá um sorriso malicioso e vai para minha vagina que já está enxergada por saber as sensações que a atingirão. Quando sua língua começa a se movimentar, sinto que vou desmaiar de tanto prazer, ele brinca comigo, mordendo, chupando, beliscando, lambendo, me levando a loucura; sinto meus pés saírem do chão e vejo que ele me levantou, colocando meus joelhos em seus ombros e afundando sua cabeça dentro de mim, gemo alto com a intensidade de suas ações e quando seus lábios se fecham ao redor do meu clitóris e começa a sugar não aguento e gozo, gritando seu nome e agarrando seus cabelos. Ficamos naquela posição até me acalmar, depois disso, ele me coloca no chão, olha em meus olhos e fala:

— Bom dia, Cachinhos! — rio sem acreditar, esse homem é minha salvação e também minha perdição. Sorrindo igual uma idiota respondo:

— Bom dia, Grandão! Vamos tomar café da manhã?

— Acho que não precisa, se quiser vamos sim, mas, já tomei o meu. — lhe dou um leve tapinha nas costas e nos separo para terminar meu banho, Djalma começa a se banhar também e assim ficamos por um bom tempo.

Meu SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora