Assim que chegamos na cabana, passando pela porta de entrada, fiz questão de olhar para o Djalma com a sobrancelha arqueada, expressando minha insatisfação e choque com sua ação. O Grandão apenas deu de ombros, sentou-se no sofá e deu batidinhas no mesmo, indicando para ficar ao seu lado, fico pensando se devo ou não fazer isso; pois afinal, não gostei nem um pouco da sua atitude que foi bem deselegante diga-se de passagem, mas também, não sei seus motivos para agir assim. Por isso, andei até o sofá e sentei onde ele indicou, cruzei meus braços e o observei em silêncio, vejo quando Djalma vira em minha direção e pegando minha mão, fala:
— Eu não gostei deles. — o olhei e quando abri minha boca para dizer que isso não justificava o seu comportamento, ele foi mais veloz e continuou — Cachinhos sei que está brava comigo pela forma que os tratei, mas, por favor me deixe explicar. — assenti suavemente e comecei a escutá-lo — Desde o momento que eles chegaram, senti uma energia muito estranha, pesada, densa, como se escondessem algo, como não tinha certeza de nada, preferi ficar quieto e ver no que ia dar. Então, fomos passear e a sensação não passou, ao contrário, parecia ainda mais forte, por isso fiquei os encarando, sinto que já os conheço de algum lugar Cachinhos e quando começou a fazer aquelas perguntas tive a certeza que já os vi antes. Esta roda do tempo foi construída por um clã de vikings que fazia fronteira com o meu e sim era um templo, tanto que já fui lá diversas vezes; uma vez encontrei aquele homem, que aqui se chama Haakok nela, ele ficou me olhando de forma estranha, porém, nunca mais o vi, até hoje. Consegui me lembrar disso por causa dos seus questionamentos e aliás você é muito inteligente. Só não me recordei da mulher, mas, juro que também a vi. — suspiro profundamente quando Djalma termina, suas palavras sendo absorvidas em minha mente. Compreendo o porquê de suas ações e apertando sua mão falo:
— Eu entendo completamente Grandão. Também senti algo estranho vindo deles e durante o passeio me esforcei para tirar o máximo de informações possíveis e adivinha o que descobri. — sorrio para ele, que apenas balança a cabeça e responde:
— O quanto eu te amo. — fico sem chão com isso, ele me ama, Grandão me ama, Djalma me ama. Pelos deuses! Preciso dizer algo:
— Disso eu já suspeitava. Mas, descobri que provavelmente devemos ir à roda do tempo durante a lua de sangue, o ancião disse que nessa lua seus poderes retornarão e, assim, vencerá as forças malignas que estão na Terra, levantando o véu entre os mundos, com isso, juntando as peças percebemos que o antigo templo pode ser de Cronos, pode ser seu e o fato dele sumir e aparecer deve ter haver com o lapso temporal. Grandão acho que demos um grande passo em nossa missão. — termino sorrindo de orelha a orelha, Djalma também o faz quando compreende o que eu disse. De repente, sou puxada para seu colo, ficando com meu rosto próximo ao dele rio e encaro aqueles lindos olhos, coloco minhas mãos em sua face, ele segura minha cintura e fala:
— Você é muito esperta Cachinhos, acho que devemos ir até este templo. O que acha?
— Acho uma ideia maravilhosa! Mas, antes precisamos arrumar nossas coisas para irmos preparados. — ele estreita seu olhar em minha direção e concorda. Cedendo aos meus desejos lhe beijo com vontade e sou correspondida à altura, quando nos separamos milímetros ainda entorpecidos pelo ósculo que compartilhamos e sorrindo, o Grandão fala:
— Cachinhos, cadê meu machado? — sinto meu coração dançar axé e sem saber o que fazer, apenas sigo meus instintos, o beijando novamente e novamente. Pelos deuses! Terei que devolver esse machado!
Olá! Aqui pensei em um capítulo na versão do Djalma, o que acham?
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Meu Selvagem
ChickLitLarissa nunca teve uma vida fácil, sempre menosprezada, batalhou muito para ter tudo que possuí. Jornalista, foi para a Noruega para escrever uma matéria sobre o quê era amor para os vikings. Só não esperava em encontrar um VIKING de 2 metros, com m...