[N/A: Olá pra vocês que ainda não abandonaram a fanfic. Perdão os erros e façam uma boa leitura!]
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A digital do indicador de Christian é lida pelo sensor do aparelho que instantaneamente é desbloqueado; o chat com Clinton brilhando na tela enquanto Boyle corria os olhos pelas palavras recebidas ali.
— Você deveria aceitar, Kras. Mas somente se você estiver pronto para habitar o mesmo ambiente que Mitchel estando tão próximo dele — lembrou Patrick, com uma de suas mãos segurando firmemente o ombro do loiro.
— Aceita, Anthony. Esse tem sido o seu sonho há mais de cinco meses. Aproveita, não é todo dia que você tem essa sorte. Além do mais, um pouco de diversão faz bem. Qual é, cara? O último ano do colégio. Sem contar que as festas desse cara costumam ser muito boas normalmente, imagina então uma festa de aniversário? – Disse Jesse, tentando soar convincente.
Anthony trocou olhares com os amigos por um breve momento antes de se ocupar em comer um pouco forçadamente para evitar responder perguntas bobas de seus amigos enquanto pensava. Por um rápido instante sua imaginação lhe fizera visualizar um cenário onde ele e o cara de trancinhas se sentavam sobre a varanda da residência de Xavier e compartilhavam uma garrafa de cerveja barata, relembrando momentos específicos vividos em conjunto como bons amigos.
— Conheço esse seu sorriso, cara – a voz de Jesse alcançou os ouvidos do loiro, que lhe observou confuso.
— Sim. Podem parar, eu irei aceitar. Vou à festa! – gritinhos de comemoração dos amigos foram ouvidos. — Mas não apenas pelo Mitchel. Tá na hora de me divertir! E quando isso aqui acabar, serei um adulto cheio de responsabilidades chatas.
— Esse é meu garoto! – Comemorou Patrick, abraçando o amigo de lado. Em seguida, uma latinha de refrigerante foi virada na mesa por conta dos movimentos desastrados de Patrick, respingando um pouco do líquido na camiseta de Christian.
— Sério, Pat?! – O loiro se levantou num sobressalto e então o ruído ensurdecedor do sinal soou. O intervalo havia chegado ao fim.
Com medo de se atrasar tempo suficiente para permanecer ao lado de fora da sala em sua aula de cálculo avançado, o garoto gesticula um tchau aos amigos e sai correndo pelo refeitório, com seus tênis fazendo um barulho que atraiu diversos olhares. Ele chega ao corredor de seu armário, a respiração ofegante lhe obriga a apoiar uma de suas mãos contra a porta de metal e respirar por pelo menos 5 minutos.
Em seguida, ele gira o botão que costumava travar algumas vezes por conta da velhice e escancarou a porta do armário, varreu os olhos por tudo o que guardava ali e sorriu agradecido ao ver que sua camisa de flanela preta estava ali. Rapidamente ele passa seus braços pelas mangas e abotoou alguns pouco botões suficientes para cobrir a mancha.
A sua esquerda, um tanto distante, Mitchel Cave o observava com uma expressão de estranheza no rosto. Como se Christian fosse uma espécie rara de animal. Quando ele se sente observado, seu olhar encontra a face que faz seu coração disparar tão rapidamente que o loiro consegue ouvir seus batimentos cardíacos no ouvido direito. Ele tropeça em um dos pés e quase cai, segurando dois grandes livros.
Cave balança a cabeça em negativa e gira os calcanhares saindo de lá. Um suspiro apaixonado escapa do loiro, que observa uma das fotos com Mitchel que havia colado em seu armário. Por fim, ao se lembrar da aula, fecha o armário com um enorme baque e volta a correr pelo meio dos estudantes espalhados pelo corredor dos armários.
Assim que alcançou seu destino, Christian procurou se sentar uma das cadeiras do fundo, em que poderia se apoiar sobre a parede. A professora adentra a sala deseja um "bom dia" seco e breve antes de se voltar para a lousa. O loiro se atentou àquilo escrito no quadro e começou a transcrever, mas para bruscamente ao se lembrar que não havia respondido ao convite de seu amigo. Sua caneta cai, mas ele pega o celular no bolso e rapidamente digita uma resposta ao amigo.
You:
hey, clint. eu aceito.
preciso me divertir. me encontra no corredor dos armários na saída.clinton (:
hey carinha!
tive um mal estar e fui liberado.
deixei teu ingresso com o mitty
ele pegou detenção, mas se você
correr, se encontra com ele antes
que ele seja trancafiado na sala.You:
certo, valeu.Christian supirou, o celular foi lentamente deixado sobre a mesa. Sentiu como se milhares de borboletas estivessem alojadas em seu estômago, engoliu em seco e fez um determinado esforço para focar na aula, mas não foi o bastante.
Seu coração acelerou ao relembrar de quantas vezes torceu por uma oportunidade de falar com Cave sem que ele o ignorasse. A oportunidade havia surgido mais rápido do que o imaginado, agora ele precisaria saber aproveitar.
Determinado a conseguir manter um diálogo simples e bobo com Mitchel, Christian saiu o mais rápido possível da sala de aula quando o último período foi finalizado. Seguiu até a sala de aula já tão conhecida onde costumava permanecer nas detenções.
Com seus quarenta e sete anos e algumas linhas de expressão no rosto, estava sentado em uma das cadeiras desconfortáveis atrás da mesa do professor. Os fios ruivos arrumados em um topete ridículo o suficiente para arrancar algumas risadas dos alunos estava o senhor Nolan Baker.
— Anthony! Que prazer recebê-lo novamente aqui. O que fez dessa vez? Pintou o cabelo de algum colega enquanto ele dormia? – Indagou o mais velho, com um pequeno sorriso no rosto.
— É bom vê-lo senhor Baker. Sentiu muitas saudades? Não é isso, apenas senti saudades e quis fazer uma visitinha. Como vai a vida? Será que pode me trazer um cafézinho? – Questionou o loiro em tom divertido.
— Sente aí e fique quieto, garoto. Não abuse de meu bom humor ou então lhe deixarei aqui por mais duas horas – mandou.
O loiro encolheu os ombros e assim fez, ocupou a cadeira desconfortável. O olhar fixo no grande relógio preso a parede, indicava o início da detenção.
Seis minutos se passaram até que uma voz bastante conhecida fizesse Christian erguer a cabeça que descansava sobre os braços na mesa.
— Senhor Baker – cumprimentou Mitchel ao adentrar a sala quase vazia, exceto por quatro mais alunos além de Christian ali.
— Cave... estranhei o fato de você não ter sido o primeiro a vir para cá. Está sempre metido em algo. O que foi dessa vez? Xingou mais algum professor ou estava trocando carícias com a senhorita Knight em momentos inoportunos?
O de trancinhas nada respondeu, seus lábios se curvaram num sorriso e então ele ocupa o lugar na fileira ao lado de Christian, que não consegue disfarçar um sorriso.
Os olhos de Nolan pareciam extremamente atentos, há todo momento permaneciam grudados no casal de ex amigos. Um rápida troca de olhares ocorrera entre Christian e Mitchel, – que brincava com o lápis entre os dedos aguardando o momento em que pudesse entregar o convite a Christian.
Quarenta minutos se passaram até que o senhor finalmente deixasse a sala de detenção em busca de uma xícara de café na cozinha. Christian que estava quase dormindo com o rosto apoiado sobre a mesa, se assusta ao sentir algo pontudo tocar seu braço. Respira aliviado ao ver que não passava do lápis que Mitchel segurava.
— Meu irmão pediu para que eu lhe entregasse isto – ditou Cave, segurando um envelope azul.
— Ah, obrigado Mitchel – agradeceu ao pegar o envelope. Abriu de imediato e checou se o convite estava inteiro. — Me surpreende que você não o tenha rasgado ou até mesmo usado para presentear um daqueles caras do basquete.
— Não que eu não tenha cogitado fazer isso... não sei se você sabe, mas poderá levar alguém. E antes que tente, o Andy já foi convidado, boa sorte – desejou em tom irônico e Christian suspirou — Te vejo lá, loirinho.
E então Nolan adentra a sala novamente, com um carranca no rosto. Christian engole todas as palavras que sente vontade de dizer ao garoto de trancinhas e começa a rabiscar seu caderno.
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O que estão achando da história?
Vejo você em uma próxima! (:
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Let Me be Your (Boy) friend? ⭑ manthony.
FanfictionÉ de consenso social que para grande maioria das pessoas ao passar pela adolescência, são construídos fortes laços de amizade durante o tão tenebroso ensino médio que irão perdurar pelo resto da medíocre existência humana. Christian Anthony costumav...