[N/A: Olá, seja bem vind/a/o/e a mais um capítulo da fanfic. Eu peço que se você é menor de idade e está pondo sua conta em risco lendo isso, por favor não repita as ações dos personagens dessa história, pois é tudo ficção e sendo assim, as escolhas e ações deles são sem noção. Peço perdão pelos erros e desejo uma boa leitura!].
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Quando meu choro diminuiu, eu notei uma movimentação vinda da sala e vozes alteradas. Vez ou outra eu escutava de modo abafado meu pai proferir: "Querida", ou então "Ele é adolescente e na idade dele, estamos mais propensos a errar". Não precisava me esforçar muito para constatar que discutiam sobre mim como em noventa e nove por cento do tempo. Eu era uma das pautas favoritas de minha mãe, depois de meu irmão.
Mas a diferença se encontrava no fato de que ela sempre tecia elogios e mais elogios para meu irmão mais velho e não é como se eu sentisse ciúmes, quem me dera fosse apenas algo tão bobo quanto ciúmes. O buraco era bem mais embaixo em meu caso. Eu desejava apenas que minha mãe me enxergasse com um pouco de amor e carinho ao invés de despejar sobre mim a culpa de seus erros, a raiva que ela sentia por não ter tomado decisões contrárias. Sophy vivia se lamuriando pelos cantos sobre o quanto ela não havia aproveitado sua vida, sua juventude por minha causa. Para tomar conta de mim, como se eu fosse o único empecilho em sua vida, o grande vilão que sugava toda a sua alegria, paciência e seu precioso tempo.
De repente, a voz alterada de meu irmão mais velho alcançou meus ouvidos e mesmo de forma abafada, pude entender ele dizendo que nossa querida mamãe havia exagerado e que ele também consumia maconha e até mesmo em maior quantidade que eu.
— "Se a senhora brigou com ele e acha que ele é mesmo a sua maior decepção então acho que deva brigar comigo também, AFINAL DE CONTAS, SOU UM 'MACONHEIRO VAGABUNDO', COMO A SENHORA MESMO GOSTA DE CHAMÁ-LO E SENDO ASSIM, AMBOS OS SEUS FILHOS SÃO SUAS MAIORES DECEPÇÕES".
Eu nunca o havia ouvido tão alterado com a própria mãe antes, os seus passos pesados subiram os degraus da escada e chegou ao meu quarto. Bateu fracamente na madeira quatro vezes.
— Tá aberta – eu disse, a voz rouca por conta do choro.
A porta foi aberta e fechada de imediato e então assisto Clinton ir até o móvel em que deixava o toca-discos, ele procura por algum específico em meio a minha coleção mediana. Sorriu quando encontrou o que buscava e cuidadosamente pôs o disco ali e me surpreendi quando "Have a Nice Day" começou a tocar. Meu irmão veio sorridente até mim e me levantou do chão onde eu estava confortavelmente deitado em posição fetal chorando.
Ele começou a cantarolar de um modo extremamente exagerado e com um sotaque ridículo para me fazer rir. Seus passos de dança eram igualmente exagerados, mas serviam para me fazer rir e me juntar a ele, dançando e cantando como se o fim de minha vida estivesse próximo para que eu pudesse descarregar tudo de ruim que vinha sentindo por conta de minha mãe. E quando a música chegou ao fim e ele se jogou em minha cama todo suado, eu me joguei sobre ele prendendo o garoto em um abraço de urso.
Eu poderia não ser grato por muitas coisas em minha vida, mas certamente era cheio de gratidão pelo meu irmão mais velho ser quem é, pois mesmo se eu estivesse em queda livre, sei que Clinton seria capaz de construir asas tal como Dédalo, apenas para me salvar. Ele era meu colete e bote salva-vidas juntos em apenas um.
Clinton permaneceu comigo o resto do dia; desceu para buscar o nosso jantar e lavar a louça e voltou para jogar videogame comigo, mas não abriu mão de suas vitórias estúpidas e recorde para me deixar ganhar e fazer o irmão mais novo feliz. Fizemos uma pausa para que ele atendesse uma ligação e eu estava refazendo algumas de minhas tranças quando meu irmão me deu um sorriso. Não um sorriso qualquer.
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Let Me be Your (Boy) friend? ⭑ manthony.
FanficÉ de consenso social que para grande maioria das pessoas ao passar pela adolescência, são construídos fortes laços de amizade durante o tão tenebroso ensino médio que irão perdurar pelo resto da medíocre existência humana. Christian Anthony costumav...