[N/A: Olá para você que ainda não desistiu dessa fanfic, seja bem-vindo/a/e a mais um capítulo! Peço perdão por qualquer erro grotesco que eu tenha deixado passar sem perceber. Ouça "Losing My Grip", é citada no capítulo e faça uma boa leitura!]
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Era terça-feira e por mais que Christian desejasse com todos os átomos de seu corpo permanecer no conforto de sua casa, sua mãe passou pela porta do quarto em passos firmes, e empurrou o cobertor.
O loiro abriu os olhos assustado, mas quando suas orbes encontraram o olhar cortante de sua mãe por um simples instante, foi o suficiente para ele compreender. Correu os olhos pelo quarto e viu seu despertador quebrado no chão próximo ao seu par favorito de all-star rosa pastel.
— Eu perdi o ônibus… – constatou e a mais velha balançou a cabeça positivamente de modo firme e levou a mão até a cintura.
— Você vai ir pra escola, garoto. E antes que venha me pedir com aquele olhar de gato de botas, desiste. Você tem que aprender a criar responsabilidade com seu futuro! – Segurou o garoto pela orelha e o tirou da cama.
Em seguida a mulher saiu pisando fortemente. Christian respirou profundamente e correu para o banheiro. Tentou se apressar, mas acabou sujando o rosto com creme dental. Grunhiu, o dia já não havia começado da melhor forma. Se xingou mentalmente por aceitar estudar em um colégio cuja o uso de uniforme não era obrigatório e vestiu as primeiras peças de roupas que enxergou em sua frente.
Agarrou o skate abandonado no canto de seu quarto e saiu sem nem mesmo amarrar os seus cadarços. Acenou para se despedir de sua mãe e saiu de casa, subindo no skate. Seguiu pelas calçadas até deixar a rua de sua residência para trás e se aventurar na rua em meio aos carros apressados.
Graças há sua pouca prática, chegou vivo ao seu destino e como o esperado, o colégio estava quieto, o que significava que os demais alunos estavam em aula. Apertou o passo até o corredor em que estão localizados os armários e checou se os materiais necessários para a aula estavam ali; pegou o que iria precisar e assim que fechou o armário, deu de cara com o inspetor. O homem era alto, repleto de músculos e tinha uma expressão nada agradável.
— Irei acompanhar o senhor até a sua aula, Christian, assim talvez consiga assistir a aula. Em hipótese alguma poderei baixar a guarda e permitir que vague pelos corredores do colégio para se juntar com o Mitchel e preparar mais uma de suas travessuras.
O loiro não disse nada, a simples menção ao período em que se juntava a Mitchel para fumar ou agir feito adolescentes inconsequentes, fez algo em seu interior doer e a tristeza tomar conta de si.
Quando voltou a si, já estava acomodado em uma mesa junto com uma garota com cabelos pretos. A professora contava sobre a história da língua inglesa e eu rabiscava algumas das palavras que ela dizia para fingir estar prestando atenção quando na verdade minha mente estava distante, com o foco em Mitchel.
O almoço pareceu chegar em um piscar de olhos já que Christian se manteve fora de órbita pelo resto de seus horários. Em determinado momento o garoto se pegou perguntando como seria a reação de sua mãe caso ele retornasse para casa com o gato que sempre o acompanhava durante o trajeto de ida e volta do colégio. Quando foi liberado para sair, esperou em frente ao seu armário pela aparição de seus amigos, mas mesmo depois que os corredores se tornaram pouco movimentados, Patrick e Jesse não apareceram.
Com um suspiro de derrota, Christian deixou que seus passos arrastados o levassem até o refeitório. Ao chegar lá, os fones estavam em seus ouvidos, a voz de Avril Lavigne cantando "Losing Grip" provocou uma certa melancolia no garoto, mas trouxe a ele conforto.
Sentiu o peso dos olhares dos demais alunos sobre si, mas não deu atenção. Entrou na fila para pegar o almoço e saiu cerca de cinco minutos depois. Varreu o ambiente com o olhar, procurando por uma mesa com lugar vago. Enxergou algo que o fez arquear uma sobrancelha em desconfiança e seguiu até uma das mesas do centro em passos firmes.
O perfume do garoto de trancinhas foi o bastante para inebriar Christian e trazer um mínimo sorriso para seus lábios. Relembrando os velhos momentos, o mais novo chutou o pé de Mitchel que imediatamente desviou a atenção de seu celular para fuzilar Anthony com seu olhar mortal.
— Esse lugar está ocupado? – Indagou, maneando a cabeça para esquerda onde estava uma cadeira vazia.
Em resposta, Cave balançou a cabeça de modo negativo e rápido. Christian sorriu e deixou sua bandeja sobre a mesa, se sentou ali e começou a brincar com os brócolis de seu prato. Levou uma pequena quantidade de comida à boca e não conteve uma careta ao se lembrar que a comida da instituição nem sempre era das melhores.
Anthony tinha muitas dúvidas para sanar, precisava falar algumas coisas, mas sabia que o garoto ao seu lado evitaria responder a todo custo. Então se ocupou com sua refeição. O silêncio de Mitchel o incomodava, era difícil crer que o cara das trancinhas um dia fôra tão tagarela na presença do loiro.
— Kras! Ei, não vá ainda. Eu quero falar contigo – pediu Clinton, ao se aproximar e ver a menção do loiro de deixar a mesa.
O loiro lançou ao amigo um olhar de desespero e respirou profundamente ao notar que ele não havia dado atenção. Ouviu o ruído dos pés da cadeira raspando no piso e então Clinton ocupou a cadeira anteriormente vazia.
— Pois bem, Kras. Faz alguns meses que você não aparece lá em casa. A gente não joga mais nada, não vamos juntos assistir os jogos de basquete, nós éramos "bro's" e eu sinto falta disso. Eu estou lhe intimando a aparecer lá em casa essa semana – Clinton convidou, seu tom de voz era firme.
Mitchel ergueu os olhos da tela de seu celular e lançou ao irmão um de seus olhares mais raivosos possíveis, mas se manteve calado. Christian fitou o de trancinhas por um instante e sorriu minimamente para o amigo, não poderia recusar. Pelo menos não depois de ganhar ingresso grátis para festa do Xavier.
— Certo. Mesmo não achando uma boa ideia – fingiu uma tosse e indicou Mitchel com um balanço de cabeça; — Pode contar comigo, Clint. Vamos relembrar os velhos tempos! Se prepare para perder, pois caso tenha se esquecido sou um jogador excelente.
— Vai sonhando, Kras. Pode sonhar — rebateu rindo.
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Vejo você em uma próxima atualização! (:
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Let Me be Your (Boy) friend? ⭑ manthony.
FanfictionÉ de consenso social que para grande maioria das pessoas ao passar pela adolescência, são construídos fortes laços de amizade durante o tão tenebroso ensino médio que irão perdurar pelo resto da medíocre existência humana. Christian Anthony costumav...