[N/A:Olá, seja bem-vinda/o/e a mais um capítulo da fanfic! Peço perdão por alguns erros grotescos, pois o capítulo a seguir não foi revisado. Faça uma boa leitura].
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Como não consigo negar os pedidos de minha avó, não tive muitas escolhas além de pegar a guia e prendê-la na coleira de Scott para levá-lo por um passeio despretensioso pelas ruas do bairro em que vivo.
O cachorro se mostrou alegre, avistamos um esquilo na calçada e Scott correu tentando alcançá-lo, mas sem sucesso. Eu ri alto quando alcancei o cachorro e segurei a guia novamente, Scott choraminga, mas continua caminhando. Quando passamos em frente ao teatro, a atenção de Scott recai sobre um garoto sobre um longboard verde, segurando uma casquinha com três bolas de sorvete de baunilha.
O golden não hesitou em tentar pular em cima do garoto que acabou de assustar e por pouco não caiu de cima do skate, então ele riu e fez um carinho no pelo macio de Scott com a mão livre.
— Desculpe por ele, é a primeira vez que o Scott anda por essas redondezas e ele tem muita energia para brincar com quem ele encontrar pela frente – fui logo tentando me desculpar com o garotinho que apenas riu e tomou um pouco de seu sorvete, sem dar muita importância para seu quase tombo.
— Não esquenta, eu adoro cachorros! Fico feliz quando vejo algum já que meu pai não me deixa adotar nenhum por conta da minha madrasta que é alérgica a cães – explicou e então voltou a brincar com Scott, que rapidamente ergueu a pata para o garoto.
— Ah! Cara, bem chato isso da sua madrasta, mas tome mais cuidado, certo? Scott é um bobão atrapalhado que poderia ter lhe derrubado sem a menor intenção. Esteja mais atento para a sua própria segurança – adverti o garoto e o vi abrir a boca para me responder, mas antes que ele pudesse dizer algo, uma voz conhecida chega aos meus ouvidos.
— Kras! Vejo que já conheceu seu xará, Christian – a voz de Maggie me faz erguer a cabeça e observar sua feição alegre.
— Elizabeth, hey! Como tem passado? Oh! Sim. Nós acabamos se conhecendo por conta do Scott – apontei para o cachorro ao meu lado que latiu. Maggie parou para cumprimentar o cachorro com um carinho em seu pelo.
— Se você me chamar por Elizabeth de novo irei arrancar fio por fio dos seus belíssimos cabelos loiros com minhas próprias unhas, Anthony – ameaçou, me lançando um olhar mortal.
Eu encolhi os ombros e dei um passo para trás, ouvindo Christian rir de mim.
— Foi mal, Liza – ergui o braço livre, encarando a garota com uma expressão assustada e então ela pareceu se acalmar — Eu não sabia que você tinha um irmão mais novo. – Comentei despretensiosamente ao ver Maggie arrumar a franja do garoto.
— O quê? Christian não é meu irmão, Anthony – riu. — Eu sou a babá desse carinha, inclusive estávamos dando uma volta pela cidade para ele poder estrear seu "brinquedinho" novo – explicou, apontando para o skate.
— É, isso aí – o garotinho respondeu e sorriu de modo travesso, ameaçando sair em alta velocidade com seu long.
— Ah, legal... Não pensei que você gostasse de crianças, Liza – comentei.
— Eu gosto, Anthony. Crianças são espertas, criativas com uma liberdade que sinto muita falta – respondeu simplista.
Concordo meneando a cabeça antes de dobrar o joelho para ficar na altura do garotinho de fios castanhos encaracolados, pele parda e olhos tão escuros quando pedras de obsidiana.
— Ei, carinha. Há quanto tempo você anda de skate? – Pergunto, atraindo a atenção do garoto para mim.
— Daqui há três meses fará um ano – respondeu com um leve tom de orgulho.
— Bacana. O que acha de qualquer dia desses andarmos de skate juntos? Sou um amigo muito importante da Maggs e provavelmente iremos nos ver mais vezes – propus, o garoto parou e mordeu o sorvete; se manteve em silêncio por quase um minuto.
— Às quintas tenho uma folga na minha agenda, xará. Podemos usar a pista de skate ao lado da minha escola – o mais novo sugeriu
— Fechado, garoto. Esteja preparado para aprender com o mestre – avisei, endireitando a postura, arrancando risadas.
— Certo, agora temos que ir, Chris. Se despeça do palerma oxigenado ou então sua madrasta ficará preocupada com nossa demora – avisou Maggie com uma voz doce.
— Poxa! – Respondeu o garotinho tristonho e então voltou o olhar para mim — tchau, "palerma oxigenado". Espero te ver na próxima quinta-feira – acenou e sorriu quando baguncei seus fios de cabelo.
— Tchau, xará! Tenha cuidado – respondi e então me aproximei de Maggie para abraçá-la, mas a garota recusou e se abaixou para fazer carinho em Scott.
— Até mais garotão! Foi um prazer conhecê-lo – disse sorridente, acariciando as orelhas do cachorro que latiu em aprovação.
— Ele gostou de você!
— Claro que gostou, Anthony! Animais me amam. Sem contar que qualquer companhia é melhor que a sua – devolveu rindo. Franzi o cenho, encarando a garota em silêncio.
— Tchau, Margaret! – Me despeço ríspido e girei os calcanhares, puxando Scott comigo.
Ouvi passos atrás de mim, mas não me importei e segui caminhando. De repente fui surpreendido por um puxão em meu cabelo que me obrigou a parar bruscamente por conta da dor.
— Quantas vezes eu te disse para não me chamar pelo meu nome, mas por apelidos? – A voz da garota alcança meus ouvidos e eu choramingo por conta da dor, enquanto ouço o Scott latir e tentar chegar até a garota para brincar.
— Várias. Desculpa, Maggs! – Peço e então a garota solta meu cabelo.
— Assim é melhor, Anthony. Tchauzinho – sorriu divertida e me deu as costas, seguindo seu caminho.
Massageei meu couro cabeludo para ajudar com a dor que sentia e caminhei de volta para casa na companhia de Scott, o cachorro parecia bastante animado com o passeio, latia vez ou outra e me puxava para ir aonde queria. Brincava com borboletas e até mesmo com esquilos.
O clima da tarde estava agradável e ter a companhia de Scott me ajudou a ficar bem, que no instante em que passei pelo hall, soltei a guia da coleira de Scott, deixando o cachorro livre para brincar pela casa com meus avós, mas o som de vozes e uma movimentação na sala me chama a atenção, ao chegar à cena que vejo me faz travar na porta. Mitchel Cave sentado no sofá branco em formato de L ao lado direito minha avó, ao lado esquerdo de Cave minha mãe, segurando um álbum e apontando para alguma imagem, mostrando o que deduzi ser uma foto antiga minha de infância para o cara das trancinhas.
— Mitchel? – Consigo dizer em tom de surpresa, os três que antes riam em juntos me encaram e meu olhar encontra o de Mitchel.
— Kras... temos que conversar! – Ele diz, mas seu tom não parecia tão sério e intimidador, me fazendo franzir o cenho.
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Vejo você em uma próxima atualização! (:
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Let Me be Your (Boy) friend? ⭑ manthony.
FanfictionÉ de consenso social que para grande maioria das pessoas ao passar pela adolescência, são construídos fortes laços de amizade durante o tão tenebroso ensino médio que irão perdurar pelo resto da medíocre existência humana. Christian Anthony costumav...