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Me aproximei e fiquei do lado dele

- Também sem sono? - ele perguntou me encarando

- É pois é. Você não é o único solitário aqui.

- Com certeza não. Até porque se tivesse um concurso de pessoas solitárias você ganharia. - Matheus falou e eu revirei os olhos. Talvez não seja mentira.

- Confia mesmo nessas barras de ferro não é? - perguntei pra ele

- São resistentes.

- Vamos testar então. - falei fazendo menção de subir em uma barra de ferro e o Matheus me encarou como se eu fosse uma pessoa que acabou de fugir do hospital psiquiátrico

- Não. Você não é doida de fazer isso.- ele falou e eu sorri

- Não? - perguntei tentando me equilibrar em uma barra, mas o vento não ajudou muito.

- Se você morrer vão achar que eu te joguei daí. - ele falou

- Seria uma boa opção, já que você me odeia tanto, não é? - perguntei rindo, mas não foi uma coisa boa porque eu quase tropecei

- Puta que pariu. Já chega de se aventurar aí. Você não é o tarzan Elisa. - O Matheus falou

- Tá preocupado é?

- Não, mas se você morresse eu seria culpado por deixar. E eu não gosto de me sentir culpado pelas coisas, entendeu? - Ele perguntou segurando na minha cintura me ajudando à descer

- Entendi, claro. - falei me apoiando em seu ombro, e por alguns segundos me senti meio perdida olhando nos seus olhos escuros. Eles ficavam ainda mais bonitos de noite. Não sei por quantos segundos fiquei olhando, mas parecia algo bom demais para largar agora. Você não gosta dele — lembrei a mim mesma, mas aquela vozinha parecia distante demais no momento, porém forcei-me a desviar o olhar. Matheus fez o mesmo em seguida.

- Que bom. - ele falou me deixando no chão

- É acho que cansei, vou voltar pra casa e dormir.

- Fico pensando o que a tia Lívia pensaria se soubesse que sua filha veio no terraço às 2 da manhã, e quase caiu de lá de cima. - Matheus falou perto de mim com aquele sorrisinho.

Filho da puta.

Tava demorando. 

- Você não vai falar nada. - disse pra ele que alargou ainda mais o sorriso

- E se eu disser? - perguntou com o rosto à centímetros do meu.

Tô sentindo uma imensa vontade de dar um soco na cara desse idiota.

- Quer saber? Estou perdendo minutos preciosos do meu sono, conversando com um idiota. - falei me afastando e andando até a porta.

Mas ele puxou meu braço me fazendo voltar para o lugar.

- Relexa Hermans, seu segredinho vai ficar guardado comigo.- sussurou

Devia ser proibido de ser tão gostoso.

- Melhor mesmo, Bennet. - falei com um sorrisinho e saí indo para a minha casa

***
espero de verdade que estejam gostando.
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beijo beijo

O Meu Novo VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora