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No dia seguinte de manhã eu desci as escadas para ir até a cozinha, mas me surpreendi com o que vi.

Tio Michael brigando com Matheus e com o Noah.

Gente, eu dormi tanto tempo assim? Juro que não pareceu.

Fiquei do lado de Sophia que acompanhava a situação calmamente como se já fizesse parte da rotina mais comum.

Olhei mais atentamente na direção de Matheus é vi que suas mãos estavam sangrando e seu queixo e bochecha tinham um pequeno machucado.

Puta que pariu.

Nem precisei olhar direito o Noah para ver que ele estava 10x pior.

Pareciam que tinham batido o garoto no liquidificador.

- O que está acontecendo aqui? - mesmo tendo uma noção do que era perguntei baixo apenas para Sophia ouvir

- Bem vinda a família, isso é quase tão comum quanto trocarmos de roupa, sempre acontece em todas as datas comemorativas quando os dois estão no mesmo ambiente. - ela sussurou.

- Vocês realmente não tem limites. - Tio Michael falou no meio de seu discurso sobre respeito com a família.

- Limites? Foi esse fumante maluco que começou falando merda pra mim. - Matheus falou e a mãe de Noah olhou com os olhos arregalados.

- Filho, eu falei para você não fumar nem consumir drogas não falei? - ela perguntou claramente ofendida com a situação.

- Mãe! Eu já falei que não consumo drogas.

- Verdade, você vende também, que coisa feia. - Matheus falou com um sorrisinho sarcástico.

Eu Chloe e Sophia observamos tudo dividindo uma barra de chocolate.

Fofoca com comida, tem coisa melhor?

- Quer saber? Chega disso, Noah vai cuidar desse olho, antes que você assuste alguém pela rua.

- Ele já assusta com a aparência normal, imagine com essa linda maquiagem grátis que o Matheus fez. - Sophia falou.

Aos poucos todos foram saindo da cozinha, Noah provavelmente foi colocar um gelo no olho.

Fui até o Matheus o puxando para um canto na cozinha.

Encostei a mão com cuidado em seu rosto olhando em seus olhos.

- Tem certeza que está bem não é? - perguntei e ele deu um sorrisinho.

- Está preocupada comigo, linda?

Revirei os olhos me afastando dele.

- Vem, vou cuidar da sua mão. - falei levando ele para o meu quarto.

O rosto de Matheus estava intacto comparado ao de Noah, só com um cortezinho perto da sobrancelha e um no queixo.

As suas mãos estavam pior.

Fiquei em pé ao seu lado analisando seu rosto.

Coloquei álcool no algodão e passei com cuidado sobre o machucado pequeno.

Estava realmente difícil de ficar ao lado dele daquele maneira passando o algodão, então resolvi me sentar em seu colo.

Não vou negar que talvez eu realmente não tenha sentado em seu colo somente para cuidar do machucado.

A mão de Matheus foi para a minha cintura apertando a mesma.

Parei de passar o algodão por cima da ferida encarando seus olhos.

O Meu Novo VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora