2 dias passaram voando e agora eu estava fechando minha mochila para ir para aquele fim de mundo (acampamento)
- Oh mãe! - chamei ela para me ajudar a fechar a mochila
- O que foi? - perguntou entrando no quarto.
- Não estou conseguindo fechar isso. - falei e ela se aproximou fechando a mochila em 3 segundos.
Não me julga não, deve ser mais um daqueles super poderes de mães.
- Está tudo pronto? - ela perguntou e eu assenti.
Espero estar na verdade.
Porque é bem provável de eu ter colocado tudo naquela mochila, menos a coisa mais importante.
E o que seria a coisa mais importante? Nem eu sei.
- O ônibus vai chegar aqui daqui 20 minutos. Você vai se cuidar bem, não é Elisa? - minha mãe perguntou um pouco preocupada.
- Vou mãe, prometo.
- Se você precisar pode me ligar pelo celular da coordenação do acampamento entendeu? - perguntou passando a mão no meu cabelo
- Entendi.
- Certo agora só para confirmar, pegou os remédios? Roupas? Repelente? E...
- Mãe! Está tudo certo de verdade, por mais que não pareça eu sei me cuidar, faço isso desde os 13 anos... - falei convencente, mas minha mente com um milhão de pensamentos bagunçados.
Acho que nunca fiquei tanto tempo assim longe da minha mãe.
Mas para tudo tem uma primeira vez não é mesmo?
- Está bem, sei que sabe, eu te amo tá filha? - falou me abraçando
- Sei disso mãe, também te amo. Agora tenho que ir descer lá para baixo.
- Certo. - ela falou saindo do quarto comigo.
- Tchau mãe, vou sentir saudade. - falei abraçando ela mais uma vez e abri a porta para sair.
Peguei o elevador e desci para a portaria.
De acordo com minhas contas (que com certeza estão erradas) o ônibus chega aqui em 5 minutos.
Matemática nunca foi o meu forte.
Já estou me arrependendo de aceitar em ir para esse acampamento, senhor amado.
Eu poderia facilmente fugir daqui e ir para qualquer lugar que não fosse esse acampamento dos infernos.
Mas eu estou sem meu meio de comunicação principal.
Será que a historia de pombos correias nos filmes é mesmo verdade?
Poderia ser.
Se a Chloe morasse perto de mim eu poderia fazer um sinal de fumaça pedindo socorro, mas algo me diz que isso não daria tão certo.
Enquanto eu estava pensando nas possibilidades o ônibus chegou.
Surpreendentemente só tinha duas pessoas lá, ou seja teríamos que passar por várias e várias casas vários e vários prédios para buscar mais pessoas.
- Bom dia! - uma mulher que parecia ter uns 50 anos falou com toda a animação que eu não tinha.
- Bom dia. - falei procurando um lugar bem lá no fundo para me sentar.
Deus me livre ficar na frente.
Eles esperaram alguns minutos provavelmente decidindo a rota e quando iam fechar a porta Matheus chegou.
- Nossa Marlee, ia mesmo me deixar aqui? - perguntou fingindo estar ofendido para aquela mulher que comprimentei minutos atrás.
- Sempre atrasado não é garoto? Vai lá se sentar anda. - falou
Quando me viu deu um sorrisinho de canto.
Inferno.
- Posso me sentar aqui? - perguntou pra mim.
- Lógico... que não. - falei como se fosse óbvio, mas não adiantou em nada ele se sentou mesmo assim.
Folgado.
- Sempre educada não é? - falou e eu revirei os olhos.
- Sempre sou mesmo.
- Sabe..eu gosto de sentar na janela. - Matheus falou e eu olhei nos seus olhos.
- Sério? Que pena, eu estou sentada aqui agora. - perguntei ele deu um sorrisinho provocativo
- Não vou discutir com você Hermans, até porque vou ter que conviver com contigo durante 25 dias.
- Nem me lembre disso. - falei
- Ah acredite, a ideia também não me agrada muito. - sussurou no meu ouvido me causando arrepios
Que diabos.
Por que ele tem esse efeito sobre mim?
- Que tal ficar calado hein, Bennet? - perguntei quase implorando.
Em 3 horas de viagem, o que eu poderia fazer?
Sem meu celular e meu fone não tenho muitas opções.
Então o que me resta? Dormir.
***
Oioi, espero que estejam gostando da história!
E se preparem pq tem mtaa coisa vindo por aí viu?!
Beijo beijo, não se esqueçam de votar, e até breve!
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Meu Novo Vizinho
RomanceElisa Hermans, uma garota indepedente, altruísta, e sentimental se muda para uma cobertura com sua mãe. Ela mudou muito depois da morte de seu pai e mesmo com o passar dos anos ainda tem barreiras que precisam ser quebradas. Matheus Bennet, nada ma...