17. Explosão na Mina II

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«Resiliência: a força interior que se manifesta quando obstáculos são encontrados pelo caminho.»

– O que TU fizeste?! – disse Ansara com uma tal expressão no rosto que Rafael engoliu em seco

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– O que TU fizeste?! – disse Ansara com uma tal expressão no rosto que Rafael engoliu em seco.

– Explodi o edifício de gerência das Minas e com os dormitórios das mulheres...

– O QUÊ?!! – Ansara estava fora de si – mas o que raio te deu? Essas não foram as minhas ordens!!

– Se seguíssemos as suas ordens, nunca mais saíamos daqui! – defendeu-se Rafael mais preocupado do que orgulhoso a ver a face de Ansara a olhá-lo fixamente.

– Se eu não precisasse de ti... Juro-te que te matava!! – respondeu Ansara possesso. – Se não queres que te mate aqui e agora vais fazer exatamente o que eu te disser!

A voz e expressão, assim como, a mão a segurar a gola da farda de Rafael com uma força que não deixou dúvida ao soldado que ele realmente o poderia fazer. As suas ordens eram quase tão mortíferas quanto não as cumprir. Ele começou por ordenar para parar os combates e para em vez de lutar para usarem a sua força para apagar os fogos.

Ansara foi procurar os homens da sua equipa. Enquanto os procurava, ordenava a todos os homens que encontrava as mais diversas tarefas, mesmo sem nunca ter falado com eles. Os primeiros a ser comandados foram os que tinham saído a salvo da gruta com ele que ficaram encarregados de cuidar dos feridos.

Encontrou Alfredo desorientado acabado de sair de uma mina. Ordenou-lhe para juntar uma equipa para salvar as pessoas que estavam dentro das minas. Ele olhou para ele com cara de quem não queria fazer, mas foi derrotado pela frase:

– Só o Alfredo pode fazer isso, mais ninguém conhece tão bem todas as grutas.

Um sentimento novo invadiu Alfredo. Começou a sentir-se único e especial assim como útil, e isso fê-lo sorrir. Começou logo a agrupar homens e materiais. Ansara tinha a certeza que ele era o homem certo para o trabalho, até porque pela conversa que tivera com ele, não gostava de ver ninguém a morrer.

Os homens começaram a tratar dos feridos e de resolver os problemas da mina, tratar de feridos, enterrar mortos e restaurar o mais importante nas Minas. 

Após todos os trabalhos de recuperação das minas, juntaram-se no refeitório. Hoje, com uma refeição fortalecedora para todos os homens. Ansara emanava uma força incrível e, simultaneamente, destrutiva. As mulheres tinham todas fugido, não havia forma de as impedir. Elas assumiram que os homens tinham-se revoltado contra elas e que iriam morrer se não fosse ao matá-las diretamente ia ser pelo fogo ou pelas explosões. Para não falar que Roberta e as mulheres responsáveis tinham morrido na explosão. Ansara finalmente juntou os seus homens num palco improvisado e falou para todos que trabalharam sob as suas ordens.

– Bem sei que pensam que a vossa vida acabou aqui com a destruição das Minas, afinal, foi a destruição da vossa única casa. Mas não pode estar mais longe da realidade. Eu e os meus colegas aqui – apontou para os soldados que o rodeavam e para Rafael atado por cordas – estamos numa missão e gostaríamos de contar com a vossa ajuda. Essa missão é parar os excessos que as mulheres fazem aos homens, principalmente, as mulheres do Reino da Teia!

O Reinado das Mulheres (RASCUNHO)Onde histórias criam vida. Descubra agora