dois

588 93 95
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Acordei na manhã seguinte com água pingando no meu rosto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Acordei na manhã seguinte com água pingando no meu rosto.

Levantei de uma vez, olhando grogue para os lados até ser atingida pela maldita goteira de novo.

Será que a tortura nunca acaba?!

Estava chovendo lá fora, o céu cinza da manhã tão depressivo quanto eu. Chutei as cobertas para o lado e empurrei a cama para perto da parede, minhas primeiras palavras do dia sendo uma enxurrada de palavrões que fariam um prisioneiro de segurança máxima corar.

Não que eu me orgulhasse dos palavrões, mas porra, aquela casa estava testando minha paciência.

Era errado já sonhar com um punhado de joias que eu nem fazia ideia de onde começar a procurar?

Depois de arranjar um balde que cuidaria da goteira por um tempo, fui atraída até a cozinha pelo cheiro de torradas. Eu tinha acabado de passar pela porta quando minha mãe colocou um prato cheio na nossa mesa de quatro lugares.

­- Bem na hora - ela disse, piscando para mim.

Sorri e me sentei, já tratando de amainar meu apetite matutino.

Não consegui deixar de olhar para a minha mãe durante o café, só pensando na carta da noite anterior. Agora, na luz do dia, tudo aquilo parecia ter sido um sonho bobo criado pela minha mente fértil, mas as palavras da minha avó naquele papel eram tão reais quanto as torradas diante de mim, e eu esperava que as tais joias também fossem.

Levei horas para dormir na noite passada, pensando sobre aquilo e se deveria ou não contar tudo para a minha mãe. Mas ainda parecia cedo demais, louco demais. Eu precisava tentar achar as joias primeiro, ver se existia algum senso nas coisas que minha avó tinha escrito e só depois contar tudo. Não queria perturbar minha mãe à toa. Ela tinha coisas demais na cabeça no momento.

- Eu pedi a Kira para vir aqui e vocês saírem juntas um pouco - ela falou, se sentando na cadeira oposta à minha e se servindo de suco de laranja.

- Mãe! Não tinha motivo para incomodar ninguém... - reclamei depois de engolir um punhado de torrada. - E eu disse que ia tirar o dia para tentar arranjar um emprego, lembra? Não tenho tempo para ficar perambulando por aí.

Caça Tesouros e AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora