cinco

455 84 88
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Trabalhar em um bar frequentado em sua maioria por homens não seria algo que eu consideraria se não houvesse milhares de reais em jogo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Trabalhar em um bar frequentado em sua maioria por homens não seria algo que eu consideraria se não houvesse milhares de reais em jogo. Primeiro porque tenho uma aversão natural para qualquer emprego de atendimento ao público (alguns meses lidando com clientes e você só quer comprar uma fazenda em Goiás e conviver só com bichos para o resto da vida) e segundo pelos homens em si.

Garotas de qualquer idade são assediadas de diversas formas desde que se entendem por gente. Em algum momento, os olhares, assobios e comentários atravessados se tornam comuns, mas não menos desconfortáveis. Mas eu sabia lidar com isso. Sabia ignorar e passar reto sem pensar muito sobre aquilo depois, por mais que soubesse que era errado e que nenhum cara tinha o direito de mexer comigo e fazer insinuações sobre o meu corpo. Mas as coisas tinham mudado. E por mais que eu me mostrasse firme por fora, estremecia toda vez que precisava atender uma mesa cheia de caras no Lambari.

- Você tem certeza sobre isso, Bia? - minha mãe perguntou quando cheguei em casa depois daquela primeira noite no bar. A preocupação era visível no seu rosto.

- Tenho. Eu preciso voltar pra vida real, mãe. Preciso me arriscar.

- Mas tinha mesmo que arrumar serviço em um bar? À noite?!

Eu tinha encolhido os ombros.

- Eu sei. Mas o salário é bom. E o dono... - Hesitei quando Samuel me veio à cabeça. - Ele é legal.

- Não senti força nesse legal.

- É que ele me irrita.

- É um chefe exigente?

- Não parece ser. Sei lá. - Eu soprei uma mecha do meu cabelo para longe dos olhos. - O meu santo só não bateu com o dele.

- Santo de empregado nenhum bate com o do patrão.

- Pode ser.

Eu tinha levantado do sofá e caminhado em direção ao meu quarto naquele instante, onde fiquei acordada por mais de uma hora observando o céu pelo telescópio.

- Mas eu vou tentar mesmo assim - falei para minha mãe, já subindo as escadas. - Eu preciso de um desafio.

E de joias valiosas também

Caça Tesouros e AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora