quinze

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Bianca era mesmo uma motorista terrível

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Bianca era mesmo uma motorista terrível. Ela passava por cima dos buracos e não desviava das pedras, me fazendo perder as contas de quantas vezes bati a cabeça no teto. Eu estava começando a temer pelo estado do meu pobre e já surrado carro popular quando ela fez uma curva acentuada em uma trilha que serpenteava pelas árvores.

- Vai me dizer onde tá levando a gente?

Bia sorriu e continuou subindo a trilha.

- Você é sempre impaciente assim?

- Você tá me levando para o meio do mato. Quem garante que não vai me assassinar e colocar meu corpo no porta-malas?

- Primeiro, eu já disse que não posso te matar enquanto meu nome não estiver no seu testamento. Segundo, nós dois sabemos que você nunca caberia no porta-malas.

Bufei.

Eu devia por um ponto final naquela sua aventurazinha, mas já tinha aprendido que Bianca era mais como uma força da natureza. Algo que você não pode conter, só se proteger dela.

O problema com aquela garota - ou comigo, se fosse ser sincero - é que ao invés de fugir dela, eu parecia cada vez mais atraído para o olho do furacão.

Idiota. Era isso que eu era.

Bianca finalmente parou o carro em uma clareira mais adiante. Eu estava prestes a sair do carro e ver o que ela estava tramando quando ouvi o barulho de água corrente.

Ouvi a pulsação do meu coração nos ouvidos ao mesmo tempo em que as palmas das minhas mãos começaram a suar. O medo é algo frio, que se espalha devagar, mas o terror te acerta em cheio quando você menos espera, como um soco no estômago.

- Por que trouxe a gente pra cachoeira? - perguntei enquanto Bia já pulava do carro, toda animada.

- Eu pensei em nadar um pouco. A Kira me contou que o lugar é uma delícia nos dias quentes e decidi aproveitar que estamos por perto. Eu amo cachoeiras!

Minhas mãos estavam plantadas no colo, meu corpo incapaz de se mover.

Eu nunca tinha ido até aquela cachoeira antes, e nem queria. Nada me atraía em lugares assim.

Caça Tesouros e AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora