quatro

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Acordei às cinco sem fazer esforço

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Acordei às cinco sem fazer esforço. Na maioria dos dias era assim.

Me levantei e arrumei as cobertas, guardei tudo no armário e forrei a cama de casal com a colcha azul de retalhos. Por muito tempo eu tinha dormido em caminhas de solteiro, mas era um saco porque meus pés sempre ficavam para fora e eu dormia encolhido, tentando não cair para os lados. A adição recente da cama de casal tinha deixado quase nenhum espaço no quarto, mas pelo menos eu não acordava tanto durante a noite.

Quer dizer, não mais que o normal.

Depois de tomar um banho gelado, arrumei a casa. Não me importei em não fazer barulho, porque Pedro tinha o sono pesado e praticamente desmaiara na noite anterior. Depois de varrer, colocar as roupas na máquina e tirar poeira dos móveis, fui até a cozinha preparar o café.

O cheiro de pão quentinho e café deve ter se espalhado pela casa inteira, porque poucos minutos depois vi Pedro cambalear pela porta.

Ele estava esfregando as têmporas e tinha uma aparência de merda, como alguém que foi atropelado por um caminhão. Duas vezes.

— Segunda gaveta debaixo do micro-ondas — informei. Era onde ficavam os remédios. — Não exagera nos comprimidos para dor de cabeça.

— Valeu.

Pedro caminhou até a gaveta e tomou o comprimido no seco.

— O café da manhã já vai sair — informei, virando a omelete na frigideira.

— A gente parece um casal feliz, sabia disso?

— Você seria o marido irresponsável e eu a dona do lar. — Olhei para ele. — Será que te expulsaria uma vez por semana que nem a Ju faz?

Pedro fechou os olhos com força e se jogou na cadeira.

— Eu espero que não.

Minutos depois, coloquei a comida na mesa. Meu amigo praticamente devorou tudo em segundos.

— Obrigado pela cama, Samuca — ele disse depois de terminar. — E pela comida. E por não ter me deixado na rua por cima do próprio vômito.

Eu soltei uma risada e bebi um gole de café.

Caça Tesouros e AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora