Bianca levava uma vida confortável com a família na capital mineira: ela tinha amigos, estava certa que passaria na faculdade dos seus sonhos e não se preocupava nem por um momento que tudo pudesse ruir de repente. Até que aconteceu.
Depois...
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Ser beijada por Samuel deveria ser estranho, porque eu costumava detestá-lo. Também deveria ser incômodo, porque ele era meu chefe. No mínimo, me daria a sensação de que algo estava errado. Terrivelmente errado.
Bom, ser beijada por ele deveria ser alguma daquelas coisas, mas, na realidade, não era nenhuma delas.
Porque ser beijada por Samuel era maravilhoso.
Era perfeito.
Eu estava inclinada sobre a pia da cozinha, me agarrando aos seus ombros enquanto sua boca explorava meus lábios e as partes mais sensíveis do meu pescoço. Eu me inclinei tanto para trás para dar espaço a ele, que sem querer esbarrei nos copos que estavam no escorredor. Eles caíram com um baque atrás de mim.
- Por mais que eu não queira me mover - sussurrei quando ele se afastou o suficiente para olhar o que estava acontecendo - mas talvez você tenha uma cama?
Samu me encarou. A visão do seu cabelo bagunçado, as pupilas dilatadas e os lábios inchados foi quase o suficiente para me fazer entrar em combustão.
Ele tocou minha bochecha e levantou meu queixo devagar.
- Bia, o quão bêbada você tá?
Sorri.
- Não bêbada o suficiente para tomar decisões estúpidas. Tô cem por cento no controle. - Eu envolvi o quadril dele com as pernas e colei minha testa na dele. - E também tô cem por cento a fim de você.
Ele não precisou ouvir duas vezes.
Samuel me pegou no colo com a maior facilidade do mundo e me levou pelo corredor até seu quarto. Ele me colocou na cama king size, meu corpo recostado nos travesseiros macios.
- Eu te imaginei nessa cama algumas vezes - ele confessou, a voz rouca me deixando arrepiada.
- É mesmo?
- Uhum. - Ele estava reclinado sobre mim, espalhando beijos que iam do meu queixo até o cós da minha calça.
