Sendo como você

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– Não... Se move... – o platinado sussurrou contra o ouvido alheio, ouvindo um murmuro assustado de resposta – Você está em cima do meu pau, não se nova tanto...

Felix apenas afirmou com a cabeça, sentindo o aperto diminuir e a pressão também, seu coração acelerou quando sentiu o toque contra suas costas, em uma carícia sutil, não parecia o mesmo homem de ontem.
O rapaz de fios platinados suspirou, subindo as mãos para os fios do Lee, os acariciando em sequência.

Enquanto isso Felix apenas se perguntando em que momento deveria começar a gritar por socorro, quando iria começar o desespero e se realmente seria abusado naquele lugar tão vazio.
Não havia ninguém ali para o ajudar.

– Você não vai me... Me estuprar? – Felix questionou baixo, em um sussurro.

O olhar do platinado estava espelhando sua confusão, as sobrancelhas se franziram e as mãos firmes passaram das costas alheia até o rosto, dando uma leve carícia contra a bochecha sardenta.
Okay, Felix estava extremamente confuso.

– Qual o nome do seu namorado? Vamos... Me diga como seu homem se chama. – o rapaz perguntou, com um ar confuso e ao mesmo tempo territorial, enquanto Felix estava tão confuso quanto um cego em tiroteio.

Deveria fazer o que? Falar o nome do tio e o marido dele?
Se bem que era capaz de levar um soco.
Se o estranho perguntou algo assim, provavelmente queria ouvir algo, queria ouvir algo em expecifico que Felix temia errar e acabar apanhando naquele trocador.

– V-você. – o Lee respondeu baixo, abaixando a cabeça ao ver um sorriso fraco e a carícia chegar a sua nuca.

– Então diga... "Yang Jeongin" é o meu homem... – o platinado pediu, porém era mais uma ordem do que um pedido, recebendo um olhar baixo do Lee, agora sim Felix sabia quem era esse garoto, estava todo esse tempo sem sequer saber o nome do infeliz.

Mas Felix não disse, ele apenas desviou o olhar, trêmulo e baixo.

– Yang... Jeongin é... O meu homem... – o Lee sussurrou, ouvindo um suspiro agradável, Jeongin estava satisfeito pelo que ouviu. – Por favor, não me machuque...

– Eu tenho que te contar uma coisa. Eu tenho um motivo para te trazer aqui. – o Platinado disse baixo contra o ouvido do Lee, recebendo um som manhoso involuntário como resposta – Essa universidade tem a fama de abusar dos calouros homossexuais a mais de dois anos, desde que um aluno de família LGBT deu um exemplo ruim sobre a bandeira Gay e estuprou o Crush, que era o capitão do time de natação. A escola não ficou ciente do assunto, porém os alunos souberam e resolveram se vingar estuprando qualquer novato de família ou que seja assumido LGBT, ontem você quase foi abusado pelo meu irmão gêmeo.

Felix arregalou os olhos, então não é que ele estava platinado, é que não eram a mesma pessoa.

– Meu irmão se chama Yang Jaechan, eu sou Yang Jeongin, entendeu? Ele ia te abusar hoje, ele falou para todo o time de Futebol que o faria, porém eu não vou deixar... – sorriu o rapaz, mostrando o aparelho nos dentes.

Felix arregalou os olhos, então tinha razão de estar assustado, porém esteve assustado com a pessoa errada?! Isso estava confuso, mas era algo que dava para entender.

– Não pode simplesmente denunciar na diretoria? – Felix questionou, mas Jeongin apenas negou com a cabeça.

– Quem tentou desapareceu do mapa, não tente. – Jeongin deitou a cabeça sobre o ombro do Lee – Eles vão te infernizar e fazer de tudo para te tocar, por isso você deve e vai dizer que é meu garoto, que eu sou seu e inventa lá uma história convincente. Quando estivermos em público eu irei te cantar como se fossemos um casal... Até hoje apenas solteiros foram abusados, quem tinha par eles ignoravam, não entendo a razão disso tudo, mas não aprovo e não vejo a hora de sumir desse lugar maldito.

Felix afirmou com a cabeça, ouvindo alguém bater contra a porta em sequência, arrancando um ruído assustado do mesmo.

– Quem está aí? – ouviu uma voz grave gritar do outro lado da porta, seu coração acelerou, estava assustado.

O Yang por sua vez passou a desabotuar a blusa do Lee, recebendo o olhar ainda mais apavorado do mesmo, estava com medo, se perguntava se estava enganado em confiar no rapaz.

– Tira o cinto e abre seu zíper. – o Yang sussurrou para o Lee, mesmo que trêmulo, ele havia obedecido, enquanto Jeongin tirava a própria blusa, ignorando as batidas fortes na porta.

– Abra a porta! Eu vou arrombar! – a pessoa gritou mais irritado, foi quando o Yang deitou Felix sobre o banco aonde antes estava sentado, deixando um chupão forte sobre a clavícula repleta de sardas.

O Yang se afastou em sequência, andando até a porta para enfim abri-la, mostrando dois homens altos e aparentemente irritados, isso é, até verem o platinado e seguirem a visão para o ruivo a beira de um orgasmo sobre o banco.

Os dois perceberam a blusa desabotuada, o chupão sobre a clavícula, o suor sobre a pele, a calça desabotuada e de zíper abaixado, sem o cinto, o pau ereto dentro da calça, além do rosto tímido pintado de vergonha, ofegante, com lágrimas finas escorrendo pelas bochechas e de brinde, o platinado sem blusa e com a calca desabotuada.

– Porra, se eu soubesse teria mandado esse abobalhado esperar! – um dos homens exclamou incrédulo – Nosso bebê está indo muito bem! Boa transa!

– Eu tenho certeza que não rolou nada! Ele nem... – antes que o outro homem fosse falar qualquer coisa, Felix gemeu baixo e contido quando seu pau pulsou, havia sido involuntário e o esperma escorreu por dentro da calça com uma mancha molhada de gozo. – Puta merda... Vamos parar de atrapalhar nosso pequeno! Anda!

Os dois se retiraram, enquanto Jeongin fechava novamente a porta e se virava para o ruivo, este que tinha o rosto quase da mesma cor dos cabelos.

– Você realmente...

– Podemos apenas não falar disso? – o Lee tampou o rosto envergonhado, recebendo um sorriso doce do Yang.

– Não se preocupe, agora a escola inteira vai ficar sabendo que você já tem um dono e não vão mais querer fazer merda – o Yang vestiu a própria blusa, sem encarar o Lee, porém quando olhou em sequência para o rapaz, seu pau pulsou involuntário.

O Lee estava muito gostoso, não tinha e nem haviam formas de negar.

Dois em Um ( Lee Felix Centric)Onde histórias criam vida. Descubra agora