Dois em Um ( Lee Felix Centric)

Olhos falsos

"Olhos confusos e falsos eram dirigidos a direções condigentes e confidentes.
Como explicar quando a sensação de êxtase consumia sua alma? Era difícil de concordar."

Seus olhos reviraram, não gostou tanto assim daquele livro de poesias picantes. Parecia chato e desinteressante.

Confuso e irritante, não permitiria sua pessoa perder mais tempo com tal conteúdo.
Era seu horário de almoço, qual a graça de ler algo ruim?
Com um olhar entediado, estava a cantarolar a primeira música que lhe veio a cabeça, acabando por cantarolar "Taste" inconscientemente.

Seus olhos mais uma vez se reviraram, aquele livro chato perseguia até em nome de músicas. Taste era típico livro aonde mostrava um casal perfeito na mídia sendo mascarado, mas não passava de uma porcaria chata.

Suas orbes castanhas estavam entediadas do tempo passar, queria chorar de tanta raiva da falta do que fazer. Isso que dava... Uma hora de almoço, comia em vinte minutos e o resto fazia porra nenhuma.
Se trabalhasse no horário de almoço seria repreendido.

O horário era curto para muitos, mas para si, era chato, tedioso.
Tal palavra rodeava sua mente em milhares de momentos, segundos se tornavam horas.

Sinceramente, queria ter algo mais interessante naquele momento.

Um olhar cansado escapou de sua fase quando a porta se abriu, revelando a faceta nada divertida de seu patrão.
Puta merda... "Eu vou ser demitido?" Okay, era meio doido, era a sua primeira semana no trabalho novo, mas estava bastante paranóico e quando percebeu que Minho não tinha uma cara boa sempre que se dirigia a sua pessoa, não conseguia pensar diferente.

Minho o encarou por alguns segundos, pareciam horas se passando em câmera lenta.
Pelo amor, ele realmente seria demitido?

Com um engolir ao seco, sentia como se toda sua comida que estava a ser sugerida estivesse tentando retornar de onde veio. Sério? Crise de ansiedade a essa hora? Como piorar?

Deveria abrir um curso:
Tecnicas avançadas de como passar péssimas impressões ao patrão (ou ao tio).

Com um sorriso amarelo, tentou mostrar-se educado e firme, mas um engasgo presente o fez quase vomitar tudo em sua tentativa miseravelmente falha de parecer formal e profissional.

O patrão/ tio o encarou com curiosidade e preocupação, antes de balançar os ombros desistindo de entender, pois não parecia necessitar de ajuda... Ou só não queria ajudar mesmo.
Vai entender?

De forma desengonçada, o Lee mais novo se ajeitou sobre a cadeira, recolhendo sua marmita mal feita sobre a mesa, organizando suas coisas antes de se retirar as pressas, como fez durante toda uma semana.

Pois é, desde que começou a trabalhar ali, não conseguia almoçar na presença de seu tio sem parecer prestes a sofrer de um ataque cardíaco.