Corvus fez o seu caminho para a sala de enfermaria, tendo sido informado pelos elfos domésticos que Harry ainda estava acordado. Ele pediu a eles para ficarem de olho em Harry devido à absoluta incapacidade de Harry de perturbá-lo quando ele precisava dele. Aproximava-se rapidamente da meia-noite e Harry raramente acordava depois das nove ou dez horas. 'Irônico' ele pensou, já que Harry provavelmente nasceu perto o suficiente neste exato momento, doze anos atrás.
Assim que chegou ao quarto de Harry, notou que a luz ainda estava acesa. Batendo levemente, apenas no caso de ele ter cochilado no tempo que levou para chegar lá.
"Entre," veio a voz de Harry, clara como um sino, e nem um pouco sonolenta.
Corvus abriu a porta e entrou no quarto de Harry, ele nem estava na cama. Não, ele estava envolto em uma coberta, portas abertas, olhando para o céu de sua varanda. A cama nem tinha sido ocupada pelo que parecia. Que estranho. "Você está se sentindo bem?" ele perguntou, caminhando em direção ao adolescente, pressionando a mão contra a testa de Harry, preocupado com seu bem-estar. Ele não parecia quente, talvez não estivesse com febre então.
"Estou bem, eu prometo", disse Harry olhando para Corvus, dando-lhe um sorriso de desculpas. "Eu não queria incomodá-lo." Ele realmente não tinha, ele apenas continuou com sua tradição solitária... apesar das coisas terem mudado tão drasticamente. Já fazia um ano desde que ele descobriu sobre o mundo mágico, e desde que ele encontrou a liberdade.
"Você não fez," Corvus o repreendeu gentilmente, transfigurando uma cadeira, para que ele pudesse se juntar a Harry. "Você nunca é um incômodo, Harry, quanto mais cedo você perceber isso, melhor." Ele poderia acordá-lo no meio da noite se fosse necessário, não haveria consequências.
Harry sorriu docemente para Corvus, antes de olhar de volta para a vastidão da Mansão Lestrange. Incapaz de ver qualquer coisa, exceto o que a luz sombreada que ainda ardia nas fogueiras e lâmpadas na entrada de sua casa.
"Gostaria de uma poção para dormir sem sonhos?" Corvus perguntou, seguindo o olhar de Harry. Apesar da escuridão, ele sabia onde cada coisa estava no terreno da mansão. Tudo dormia, todos os animais, exceto claro as corujas, eram notoriamente noturnos.
"Eu vou para a cama logo, eu prometo," Harry declarou, olhando para o relógio mais uma vez, em breve.
"Atormentar?" Corvus perguntou, franzindo levemente a testa, esse era um comportamento totalmente incomum. "Tem algo te incomodando?" olhando para o relógio... era quase como se o garoto não o quisesse ali. O que era altamente incomum por conta própria.
"É quase meia-noite", disse Harry distraidamente, olhando para Corvus, antes de decidir revelá-lo. "Descobri minha data de nascimento quando estava na escola, depois que aprendi a ler, 31 de julho, desde então... Fiquei acordado até meia-noite e me desejei feliz aniversário e fiz um pedido."
"Entendo", disse Corvus, a tristeza o dominando ao pensar em uma criança tão pequena, tão sozinha, solitária, desejando algo melhor e nunca vindo. Ele se perguntou como Dumbledore poderia viver consigo mesmo, ele era pior do que Tom jamais poderia esperar ser. As crianças deviam ser valorizadas.
"Os Dursley nunca me deram nada... e costumavam me dar mais tarefas insistindo que eu era um fardo para as pessoas 'boas e decentes'." Harry revelou: "Marge me deu biscoitos de cachorro uma vez." Foi adicionado como uma reflexão tardia. Peito apertado só de lembrar aquela esperança não diluída que ele sentiu naquele momento. Muito jovens e estúpidos para perceber que nunca mudariam de ideia.
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O Contrato
FanfictionA única maneira de Harry se livrar daqueles que desejam usá-lo é concordar com um contrato de noivado já feito, criado por Dorea Black-Potter. Será que essa coisa simples mudará o curso do futuro predestinado de Harry - pelo menos por Dumbledore...