O Contrato

Capítulo 94

Sirius acordou cedo, incapaz de dormir, ele estava focado em seus experimentos. Isso o acalmou, apenas fazendo algo que ele amava e o deixava tão animado... era uma correria. Em breve, ele teria itens suficientes para vender, e tantos deles que não precisaria se exaurir trabalhando até os ossos para conseguir pedidos. Ele tinha feito dezenas e dezenas deles todos coletivamente. Ele também estava pensando em dar algum dinheiro a Harry, e não tinha certeza se isso faria Harry se sentir insultado ou não. Arthur estava fazendo a mesma coisa, então sim, eles teriam mais do que o suficiente para qualquer cliente que comprasse algo deles.

Talvez devesse falar com Harry, conhecer ainda mais seu afilhado. Ele havia sugerido isso ontem, olhando para Rodolphus, seu rosto suavizou ainda mais. Estar aqui... estava fazendo o mundo do bem tanto para Rabastan quanto para Rodolphus, ele também supôs. Ele tinha trinta e um anos, Rodolphus um pouco mais velho, mas com esses tratamentos, apesar de estar em Azkaban... eles estavam começando a parecer mais jovens do que sua idade real. Ajudado por parecer tão tranquilo e feliz no sono. Na maioria das vezes, Rodolphus sempre usava suas máscaras cheias. Não mostrando seu verdadeiro eu para muitos, nem mesmo para ele, a menos que estivesse cansado e escorregasse.

No começo, ele colocava guardas em volta da cama e da porta. Sirius nem conseguiu se aproximar dele quando começou a ter pesadelos. Felizmente, porém, o globo parecia ajudar onde ele não podia. Sirius não pôde deixar de se perguntar, tristemente, o que o levou a fazer tal coisa tão instintivamente. Então ele se lembrou de que havia sido casado com Bellatrix. Então ele entendeu o cuidado, quem iria querer estar perto dela? Se ela entrasse em um estado de espírito, todo mundo saberia tudo sobre isso. Era melhor prevenir do que remediar.

Ele não estava mais colocando-os em torno de sua cama, era como se ele tivesse a confiança de Rodolphus. Eles ainda contornaram a porta, mas se Rodolphus não o fizesse, ele o teria feito. Por mais que gostasse deste lugar, não queria que ninguém entrasse no lugar onde dormia. Os curandeiros e medi-bruxas fizeram isso no St. Mungus e isso o assustou pra caralho. Que eles entravam em seu quarto quando ele estava dormindo, mesmo que fosse apenas para colocar o café da manhã antes de sair.

Como sempre, ele não disse nada, apenas esperou até que pudesse sair dali.

Dando os toques finais em mais um produto acabado com satisfação, ele suspirou suavemente. Deixando a pena de lado, ele massageou a mão e o pulso. Ele não percebeu o quanto doía até que não estivesse tão focado em seu trabalho, o que acontecia com frequência. Deslizando seu trabalho em sua pasta, ele enviaria uma cópia para Arthur mais tarde, assim que voltasse para a Grã-Bretanha, ele descobriria como estava indo bem e não por meio de cartas. Ele não ousava colocar muito nas cartas em caso de interceptação, já era arriscado enviar suas invenções por ali. Embora Rodolphus tenha dito que poderia usar seu elfo doméstico se quisesse.

Ele pode apenas fazer isso, na verdade... mesmo que seja apenas uma vez.

Levantando-se, ele olhou para Rodolphus um pequeno sorriso se espalhando em seu rosto sem que ele percebesse. Então, ainda mais quieto, ele deslizou para fora dos quartos – eles não explodiram quando ele entrou ou saiu – saindo e permitindo que Rodolphus dormisse um pouco mais.

Ele saiu do quarto do hotel, a realidade era que era apenas um corredor inteiro de quartos, para pessoas que faziam fisioterapia e não estavam mais hospitalizadas. Muito chique, caro, mas valeu cada Knut gasto, Sirius reconheceu livremente, mesmo que sentisse que eles o estavam torturando metade do tempo, forçando um regime tão rígido. Ele não estava acostumado com isso, parte dele queria se rebelar contra isso por despeito e hábito. Ele detestava que lhe dissessem o que fazer depois de uma educação tão rígida de seus pais.