O Contrato

Capítulo 14

Severus suspirou suavemente enquanto subia de seu laboratório particular de poções, tendo terminado outro lote de poções – de vários tipos – para Corvus Lestrange. Ele estava exausto e definitivamente não estava ansioso para ensinar os alunos amanhã. O fim de semana sempre voava, e ele odiava. Esticando as dobras de seu corpo, ele imediatamente caminhou em direção ao armário que guardava seu álcool. Agarrou a garrafa aberta de uísque – a única garrafa aberta – e derramou mais do que uma quantidade generosa em um copo de cristal, antes de jogá-lo de volta, a queimadura quase imperceptível devido ao fato de ele ter bebido por anos.

O que ele percebeu foram ervas, ervas fortes que não estavam sendo escondidas pela força da bebida, algo havia sido colocado em sua bebida. Seus olhos se arregalaram, mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, seu corpo caiu para frente quando a dor começou a assaltá-lo. Ele não conseguia se mover, apenas pensar nisso fazia com que a dor aumentasse ainda mais de forma alarmante. 'Dirigentes dolore' pensou Severus, não era uma grande maldição debilitante, mas definitivamente não era menor. Também não era fatal, desde que ele tomasse um antídoto, mas ele não tinha um antídoto preparado e levava cinco dias para preparar aquela poção em particular. Em outras palavras, ele estaria em um mundo de dor por quase uma semana... dependendo de quanto tempo levasse para alguém procurá-lo.

Aí ele se deu conta, tinha estado na bebida dele, estava aberto, ele já tinha bebido dela. Assim, alguém esteve em seus aposentos e colocou isso lá. Nas últimas vinte e quatro horas, aliás, desde que ele havia bebido na noite passada também, era seu ritual, ele vinha fazendo isso desde que podia comprar uma garrafa para si mesmo. Alguém esteve aqui... alguém ainda pode estar aqui.

Seus pensamentos foram confirmados de forma alarmante quando ele ouviu o som de bolas de futebol silenciosas se aproximando dele. Uma explosão de medo o consumiu, ele estava prestes a ser morto assim? Depois de sobreviver a Dumbledore e Voldemort em um duelo de espionagem? No chão, em agonia, incapaz de ficar de pé e enfrentar seu potencial assassino?

Um gemido de agonia saiu dele quando ele foi rapidamente impulsionado magicamente para seu assento favorito. Inclinando a cabeça contra o encosto de cabeça, ele tentou e não conseguiu olhar para o culpado, mas ficou muito surpreso ao ver quem era. Corvo Lestrange. Por que? O que diabos fez com que o velho se aproximasse dele com a intenção de matar? Franzindo os lábios, enquanto uma nova onda de agonia percorria seu corpo. Recusando-se a mostrar mais fraqueza, embora, verdade seja dita, não fosse tão doloroso quanto a Maldição Cruciatus, mas não estava longe.

A vontade de perguntar por que era forte, mas Severus era orgulhoso demais para fazer tal coisa, pelo menos no momento. Embora, mesmo que ele abrisse a boca, nada além de um grito fosse rasgado, não havia como ele ser capaz de perguntar qualquer coisa. Seus olhos se fecharam quando ele ouviu um arrastar de pés, abrindo um olho, ele notou que Corvus havia movido uma cadeira à sua frente e sentou-se, procurando por todo o mundo, se ele estava vindo para uma visita amigável. O que diabos ele fez para irritar Corvus Lestrange? Um dos magos mais perigosos do mundo mágico? E ele era perigoso, a população mágica não sabia nem a metade.

"Você está longe de ser um bruxo desatento, Severus, e devo dizer que estou desapontado com seu comportamento", disse Corvus, sua voz fria e áspera. “Que tipo de bruxo acha perfeitamente certo intimidar um menino doente de onze anos? Usando seus pais contra ele e tornando Hogwarts intolerável para ele? ele não se importava com a casa dos Potter, mas no final do dia ele se absteve de dizer qualquer coisa sobre isso a Harry.

A confusão se instalou profundamente dentro de Severus, em ambos os comentários, por que diabos Corvus Lestrange se importaria com o tratamento que deu a Harry Potter? Era o propósito de fazê-lo, a fim de manter Dumbledore feliz e seus deveres de espionagem livres para quando o Lorde das Trevas inevitavelmente retornasse. Se alguma coisa os Comensais da Morte deveriam estar muito felizes com suas ações, não eram as razões pelas quais os filhos dos Comensais da Morte estavam de olho no menino? A observação doentia o preocupou, ele parecia estar se recuperando de uma longa doença, presumivelmente de natureza trouxa.