O Contrato

Capítulo 57

"Bom dia, Sirius, que bom ver você de novo," Miriam disse, sorrindo ao ver o bruxo. "Comecei a temer que você não voltasse." Dizer que ficou surpresa quando o nome dele apareceu em seu calendário novamente foi uma surpresa. Dado tudo o que ela sabia sobre Sirius... ele era impulsivo e normalmente quando ele decidia que algo era 'estúpido' ele não voltava atrás. Não que ele realmente tenha declarado algo do tipo. Apenas um dia ele cancelou seu compromisso e depois seus compromissos permanentes e não o viu desde então.

Sirius engoliu em seco, andando de um lado para o outro no escritório dela, "Desculpe... eu... tinha algumas coisas que precisava resolver sozinho."

Miriam observou o andar agitado de Sirius com um olhar plácido no rosto, "Entendo, você deseja discutir isso?"

"Depois da minha última consulta com você... eu finalmente localizei Remus... queria respostas... recebi um monte de besteira." Sirius admitiu amargamente, cerrando os punhos, ainda furioso com a besteira que foi alimentada a ele.

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Sirius assistiu Remus voltar para seu apartamento, o prédio estava caindo aos pedaços e caindo aos pedaços... e honestamente? Ele não queria se aproximar... o cheiro era atroz de onde ele estava. Respirando fundo, era agora ou nunca, mas ele ficou parado, lutando consigo mesmo. E se Remus ainda o culpasse pelo que aconteceu com Lily e James? Ele ainda se sentia responsável apesar de não ser o Guardião do Segredo... ele sugeriu a mudança para James. Ele tinha praticamente assinado sua maldita sentença de morte.

Ele nunca saberia se apenas ficasse parado ali.

Resmungando baixinho, Sirius se apoiou, a mágoa e a dor girando em torno dele. Fazendo-o sentir como se estivesse fisicamente com dor. Ele havia perdido tudo, e o fato de Remus não parecer nem se importar doía mais do que as palavras poderiam imaginar. Ele era seu melhor amigo; ele desejou mais uma vez. Infelizmente, Remus era direto como uma flecha. Ele se contentou em ser um amigo e sua paixão diminuiu com o tempo.

Ele abriu o papel que tinha o endereço atual de Remus escrito – graças ao investigador particular – e encontrou o número exato da casa. Número 2B, então andar térreo... espero que ninguém mais esteja aqui se isso esquentar.

A última coisa que ele precisava era que a polícia trouxa viesse atrás dele de novo... James não os tinha metido em picles antigamente. Ele pensou com tristeza, com uma felicidade dolorosa que o consumia toda vez que pensava em seu melhor amigo.

Abrindo a porta fechada, ele caminhou até a porta de Remus, e deu uma boa batida forte. Tenso e alerta, coração batendo forte, ele esperou. Respirando pela boca, o cheiro em todo o prédio era horrível. Ele não tinha certeza de como Remus poderia suportar isso realmente, e isso vindo dele, que suportou Azkaban pelo amor de Merlin. Um lugar que não tinha um cheiro agradável.

Estava claro que Sirius era a última pessoa que Remus esperava ver, julgando pela maneira como ele ficou tenso, empalideceu e cambaleou para trás com os olhos âmbar arregalados de choque, medo e raiva. "O que... Como... Você... Azkaban..." ele gaguejou, agarrando sua varinha, abalado até o âmago.

"Cuidado para onde você aponta essa varinha," Sirius o advertiu, "Fui finalmente julgado e provado inocente. Você não pegou o jornal?"

"Inocente?" Remus perguntou, caindo contra a porta, abalado, sentindo como se não pudesse mais se segurar.

"O termo geral para alguém que não cometeu um crime. Eu convenci James a usar Peter como Guardião do Segredo enquanto eu seria uma isca, eu pensei que era tão inteligente." Ele disse amargamente a Remus, querendo estender a mão, mas não tinha certeza de que seria bem-vindo. Estava claro que Remus não sabia nada sobre ele... isso aliviou algo nele. Foi por isso que ele não escreveu... por algum motivo ele se distanciou totalmente do mundo mágico.