O Contrato

Capítulo 83

Os membros do Wizengamot pareciam além de irritados, o grande número de vezes que eles foram chamados era ridículo. Todos os dias, e não para julgamentos, o que era esperado, se eles estivessem no comando do tribunal em vez do conselho de magia. Não, essas eram reuniões reais do Wizengamot e nenhuma delas foi agendada. O que significava que eles teriam que largar o que estavam fazendo para comparecer. Eles eram do Lord e da Lady, não era bom cancelar para amigos, família ou mesmo conhecidos em um piscar de olhos.

“Como está sua esposa, Bob?” Lady Abbott perguntou suavemente, enquanto ela e o marido caminhavam em direção à sala de reuniões. Ela rapidamente andou mais rápido para alcançar o Chefe Warlock.

“Lady Abbott,” Ogden abaixou a cabeça em respeito, “Ela está muito melhor, ela conseguiu voltar para casa. Devo informá-la que você estava perguntando por ela? Tenho certeza de que ela adoraria a companhia... nossos filhos já estão crescidos e não passam mais muito tempo em casa.” O mago confessou ironicamente, eles estiveram ao seu lado a maior parte do tempo em que ela se machucou, e ela ficaria desapontada por eles terem que voltar à vida normal. Ele não diria a ela se ela estivesse muito ocupada, isso só levaria à decepção.

“Desde que mais reuniões do Wizengamot não atrapalhem”, ela brincou, “eu adoraria conhecê-la para um chá, regalá-la com todo o drama que ela perdeu.” Seu sorriso tornou-se mais genuíno quando ela percebeu como Bob estava satisfeito.

“Vou deixá-la saber,” Ogden disse, um sorriso amoroso em seu rosto enquanto pensava em sua esposa. Ela ainda não sabia quem a tinha atacado ou por quê, e ele temia que nunca o fizessem. Ele estava feliz por ela ainda estar aqui e não ter se machucado mais. Esse pensamento era intolerável, felizmente alguém havia intervindo. A ajudou quando ela mais precisou.

“Ela se lembrou de alguma coisa que possa ajudar?” Antonio entrou na conversa, pressionando uma mão reconfortante em seu ombro. Todos sabiam que o caso dela estava bastante vazio de qualquer coisa remotamente incriminadora para um perpetrador. Apesar disso, muitas pessoas acreditavam que Dumbledore havia feito algo, ou Diggle e Doge ordenaram que algo fosse feito. O momento foi coincidência demais.

Antonio pretendia trazê-lo à tona, se isso ajudasse a fechar outro caso, ele era totalmente a favor. Se trouxe conforto para os Ogden, então ele era totalmente a favor. Eles eram pessoas boas, genuinamente de bom coração, nem um único mal em seus corpos. Lady Ogden passava a maior parte do tempo ajudando crianças doentes, doando para causas maravilhosas e constantemente cozinhando e arrecadando dinheiro para essas causas.

“Nada, ela não consegue se lembrar de nada daquele dia,” Bob confessou, “É errado que eu esteja feliz?” feliz por ela não se lembrar do ataque? Lembra como ela era vulnerável? Culpa por não ter estado lá, o que deveria ter feito. Eles planejaram ir juntos depois de tudo.

“Não, não está errado,” Antonio murmurou, retirando sua mão quando eles entraram na sala. “Ela foi atacada por trás, é muito improvável que ela pudesse nos dar muito sobre seu agressor de qualquer maneira.” A menos que ela os conhecesse muito bem para identificar suas vozes, se eles tivessem usado magia verbal, ele certamente usaria magia não-verbal se estivesse tentando derrubar alguém, especialmente alguém que ele conhecia. Não que ele iria, mas isso era apenas a natureza mais sombria nele ruminando.

“Sim, sim, você está correto,” Ogden, acenando com a cabeça, considerando o valor como uma avaliação verdadeira e honesta. “Ah, vocês estão todos aqui, isso é bom, podemos começar agora mesmo!” colocando seu estojo sobre a mesa e abrindo-o, sacudindo sua varinha e a papelada começou a se dispersar e voar para todos os membros do Wizengamot até que tivessem treze páginas cada.