O Contrato

Capítulo 98

Fechando os diários, Harry suspirou de satisfação. Os três diários bidirecionais pertenciam a pessoas diferentes. Corvus, Rabastan e claro, Sirius. Havia um de seus amigos Sheikh Abd al Alim e sua família, de modo que fez quatro diários bidirecionais, mas ele só tinha três no momento. Se ele quisesse escrever para mais alguém, precisaria fazê-lo da maneira normal. Ele estava feliz por ter esses diários, era muito melhor do que ter que ir até o Corujal para enviar correspondência. Além disso, esse caminho era muito seguro, mesmo que alguém conseguisse entrar em seu baú e abrir o livro, não conseguiria ver nada.

Não passariam de livros vazios.

Pegando os três livros, já vestido para o dia, ele deslizou o de Rabastan em sua mochila e os outros em seu baú. Ele e Rabastan se falavam várias vezes ao dia, enquanto Corvus sempre deixava para a noite logo após o toque de recolher e falava um pouco antes de Corvus lhe dizer para dormir um pouco.

Colocando sua bolsa no ombro, ele mentalmente se certificou de que tinha tudo o que precisava, olhando para o relógio de bolso e estremeceu. Seus amigos iam enlouquecer de novo, eles realmente não gostavam que ele aparecesse atrasado. É como se eles tivessem uma necessidade compulsiva de saber onde ele estava o tempo todo. Eles ainda estavam se ajustando de acordo com Rabastan, eles não foram capazes de ajudá-lo quando ele mais precisou. Isso os afetou, quer eles soubessem ou não. Que a proteção se acalmaria à medida que sua hipervigilância diminuísse também.

Rindo baixinho, ele deixou o Dormitório, sua própria seção do quarto de longe a mais limpa e arrumada. Isso não quer dizer que seus colegas de quarto eram desarrumados, mas Harry estava acostumado a manter sua área limpa, porque era uma das regras de Corvus manter seu quarto limpo e agora era um hábito. Ele aceitaria manter seu quarto limpo do que ser espancado e forçado a limpar depois dos Dursley qualquer dia.

Descendo a escada do menino, as vozes começaram a ecoar, até que ele pudesse ouvi-las. Querendo saber por que alguém ainda estava na sala comunal. Corvinais não eram de ficar por perto quando se tratava de café da manhã e aulas. Não, a menos que eles voltassem rapidamente para pegar um livro.

"Como um idiota estúpido como você acabou na Corvinal?!"

"Lua maluca!" gargalhou outro.

"Ou melhor ainda Loony Lovegood!" riu um deles.

Harry franziu a testa enquanto tentava descobrir a quem pertenciam as vozes. Ele não passava muito tempo com as garotas, e elas eram definitivamente vozes de garotas. Então, descobrir quem estava fazendo isso não iria funcionar. Ele podia ouvir o barulho de livros e outras coisas caindo no chão. Como se alguém estivesse esvaziando a bolsa, franzindo os lábios, esse foi o primeiro ato de bullying que ele viu em Hogwarts. Não que ele passasse muito tempo por perto, duas vezes ele faltou à escola por longos períodos de tempo.

Olhando em volta da escada do menino, ele notou três meninas, pelo menos as reconheceu na hora. Cho Chang, que estava segurando uma carta (os resultados do exame de Luna) em sua mão, ela estava no time de Quadribol da Corvinal como apanhadora. Ela era bastante popular para todos os efeitos. Ela estava com sua melhor amiga Marietta Edgecombe e Sue Li.

No chão aos pés deles, nem mesmo tentando se defender, totalmente resignada com o bullying que estava sofrendo, uma garota loira que ele não conseguia lembrar o nome dela. Afinal, ele passava a maior parte do tempo na mesa da Sonserina com seus amigos. Ele não conseguia se lembrar dela sendo selecionada, ela era uma primeiranista? De qualquer forma, ela era muito mais jovem que Cho e os outros. A própria Cho tinha quinze anos. Balançando a cabeça em desânimo enquanto a observava rasgar o pergaminho da garota em pedaços, então começou a fazer o mesmo com seus livros.