Caminho pelas ruas a procura do café que eu e Naoto marcamos de nos encontrar, vou olhando meus arredores para ter certeza de não passar reto.
Minha cabeça trabalhava sem parar, a primeira coisa que pensei em fazer quando cheguei foi ligar pra Naoto, me desesperei um pouco ao ver que seu número não estava entre meus contatos, por sorte o mais novo me ligou e explicou toda a situação.
Nessa linha do tempo o incidente do trem nunca aconteceu então não nos reencontramos, o acidente que proporcionou a morte de sua irmã também não havia acontecido, ele não soube me dizer sobre Akkun, no final ele quis se encontrar comigo em uma cafeteria, acabei aceitando sua proposta.
Um barulho de mensagem ressoa.
Peguei o celular do bolso abrindo a conversa de um número desconhecido.
Já chegou?
Naoto? É vc?
Sim
Eu tô na rua que vc falou, mas não tô encontrando o café
Passa três minutos e nada de resposta, começo a bater o pé ansioso, salvo o seu número e vejo o contato mudar para "Digitando".
Acho que tô te vendo, vou até você.
Ao ler a mensagem eu começo a procurá-lo, o vejo se aproximar enquanto esbarrava em algumas pessoas.
- É bom te ver Naoto-chan – Digo e ele revira os olhos.
- Você continua um saco. – Sua fala saia monótona, porém eu vejo um leve sorriso se formar quando ele me dá as costas.
- Eu vi esse sorrisinho.
- Cala a boca. – Paramos na frente da vitrine do estabelecimento.
O tema do lugar era mais rústico e antiquado, isso dava um ar de elegância ao lugar, observo que o café era bem famoso, muitas mesas estavam ocupadas e era possível ver funcionários indo de um lado pro outro, uma me chama atenção.
- Aquela é...?
- Sim, é minha irmã. – Nesse momento a rosada olha para a janela – Vamos entrar.
Sigo o mais novo um pouco afastado. Era a primeira vez que eu via Hinata depois de doze anos, e dessa vez ela não estava morta, e mesmo que eu não demonstrasse, era algo difícil de digerir.
- Hina! – Naoto puxa a irmã para um abraço apertado.
- Oh - a garota se surpreende pelo afeto repentino. – Naoto, aconteceu alguma coisa?
- Não, só senti saudades é muito bom te ver. - Encaro a interação dos irmãos com um certo desconforto.
Agora que cumpri a minha parte do acordo eu deveria ir embora, não tenho nada a ver com os Tachibana.
É, eu já fiz o suficiente.
Começo a me preparar pra ir embora, precisava ver se Akkun estava vivo, e depois poderia esquecer toda essa história de viajem no tempo.
Antes mesmo de eu sair do lugar sou puxado pelo braço.
- Mana, você lembra do Takemichi-kun? – Naoto me puxa de lado e eu o encaro mortalmente por impedir minha fuga.
- Takemichi...? – Ela então começa a me analisar com cuidado, arregalando os olhos em seguida – Deuses! É você mesmo?
- Sim, eu mudei um pouco...
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Outra Rota - Mitake/Takemikey ( não revisada)
FanficE se a personalidade do Takemichi fosse menos "protagonista de Shounen", e se ele tivesse outras prioridades, além de salvar todos, fosse mais egoísta e decisivo. **** - Ah cê' tá de sacanagem? - Me olho com indignação no reflexo da janela, o topete...