Aviso
Voltamos ao tempo normal da fic, os ultimos capitulos era meio que o ponto de vista do Takemichi enquanto ele estava no futuro e o Chifuyu cuidando das coisas lá no passado
Só isso mesmo, boa leitura
Narrador em primeira pessoa, POV Takemichi
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Eu estava sentado na frente da mesinha de centro da sala, fazia mais de meia hora que eu não focava em nenhuma palavra do livro que portava em mãos. Minha mente refletindo sobre os últimos acontecimentos da minha detestável vida. Eu não conseguia parar de ficar ansioso para saber o que havia acontecido no futuro depois de ter tocado a mão de Naoto, até tentei voltar, mas o Tachibana mais velho tinha deixado bem claro para eu dar um tempo de cinco dias para voltar pra lá.
Eu sabia que alguém tinha morrido, aquele último tiro atingiu alguém, sei que sim. Entretanto, Naoto se recusou a falar qualquer coisa comigo, ele falou que seria mais seguro eu esperar aqui, no passado, onde não estava sendo perseguido.
Odeio não saber o que está acontecendo.
Suspiro e olho para o teto de madeira, ainda reflexivo.
A vida é uma verdadeira merda. Quanto tempo eu terei que aguentar esse inferno, que é respirar? Eu estou tão cansado de ver sangue, o vermelho nunca foi tão repugnante como estava sendo agora. Me sentia agitado só de ver a cor. E não era qualquer sangue, era o sangue dos meus amigos, de pessoas que fazia a droga da minha existência um pouco melhor, as poucas pessoas que deixei chegarem até mim e que conseguiam apaziguar o sentimento de raiva dentro da minha alma, elas preenchiam o vazio escuro.
Já presenciei muitas mortes, algumas causada pelas minhas próprias mãos. Antes eu ficava mal por ter que tirar a vida de alguém, mas com o tempo fui aprendendo uma coisa:
Ou você mata ou você vive.
Não existe meio termo, se quiser sobreviver, se você quiser ter pelo menos uma chance de proteger o que é seu, você deve estar disposto a sujar as mãos. E eu sujei, mas não sujei o bastante pra evitar a morte de quem importava. E por ironia do destino todos morreram por minha causa.
Sete mortes, sete vezes que me senti como uma criança impotente. Três delas foram suicídios. Duas mortes foram pra me proteger. E mais duas foram causados por um acidente de carro.
E em todas eu estava lá, todas acontecerem bem na minha frente!
Eu fui obrigado a ver eles dando o último suspiro, obrigado a ver eles caindo... e só pude assistir enquanto eles deixavam esse plano de existência.
No fim esse talvez seja o preço a pagar pelos meus pecados...
O rangido da porta de entrada me faz balançar a cabeça e guardar aqueles pensamentos para outro momento.
Abro meus olhos, que nem percebi ter fechado, e encaro o meu irmão mais velho entrando com a mochila nas costas e uma feição cansada, o acompanho com o olhar ele jogar a bolsa em um canto qualquer e depois cair esparramado sobre nosso grande sofá, suspirando alto.
— Dia cansativo? – Pergunto folheando o livro de Física, que era focado em realidades alternativas e o funcionamento de uma provável linha do tempo.
Eu e Chifuyu tínhamos decidido que poderia ser de grande ajuda pra entender um pouco de como funcionava a minha habilidade de viajar no tempo então pegamos muitos livros na biblioteca e em livrarias de Shibuya e Shinjuku. Muitos eram apenas teorias e a maior parte dos livros foram escritos por amadores, eles foram úteis até certo ponto. Talvez pudessem ser mais úteis se eu realmente focasse neles...
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Outra Rota - Mitake/Takemikey ( não revisada)
FanficE se a personalidade do Takemichi fosse menos "protagonista de Shounen", e se ele tivesse outras prioridades, além de salvar todos, fosse mais egoísta e decisivo. **** - Ah cê' tá de sacanagem? - Me olho com indignação no reflexo da janela, o topete...