Y6- Grifinória vs Sonserina

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✨Lumos✨

Katie Bell continuava em St. Mungus e ainda ninguém tinha conhecimento da sua alta. Visto isso, não podíamos esperar que ela voltasse a tempo para jogar como artilheira no jogo da Grifinória e da Sonserina daqui a alguns dias. Harry estava tentando encontrar alguém que pudesse ocupar seu lugar por algum tempo, ninguém podia realmente substituí-la, mas tínhamos de completar nosso time.

Cormac, perante isso, encontrava-se múltiplas vezes com meu namorado após as aulas pedindo para entrar na equipe. Harry sempre negava, porque sabia que seus olhares incriminatórios e suas falas me deixavam a mim e às outras garotas da equipe desconfortáveis. Depois de tantos pedidos vindos de McLaggen, Harry apenas ignorava, negando com a cabeça quase imperceptivelmente a cada palavra que saía da boca do mais velho. Agora, Harry nem ao menos ousava fazer contacto visual.

Na manhã após o Jantar de Slughorn, iniciamos o dia com uma aula cansativa de Herbologia. Assim que todos os alunos estavam presentes na estufa a professora Sprout pediu que usássemos os equipamentos de proteção uma vez que podíamos ficar gravemente feridos se não o fizéssemos.

Andei até ao armário onde os equipamentos estavam guardados e peguei num par de luvas e óculos de proteção. Quando regressei ao local onde meus amigos e namorado estavam percebi que Harry agora contava a Ron e a Hermione o que tinha observado na memória de Dumbledore.

— Uau — disse o ruivo baixinho. — Mas continuo a não entender por que Dumbledore está lhe mostrando tudo isso. Quero dizer, é muito interessante e tudo o mais, mas para que serve?

Harry deu de ombros.

— Não sei — respondeu ele, encaixando um protetor de gengivas com um pouco de dificuldade. — Mas Dumbledore diz que é importante e que vai me ajudar a sobreviver.

— Eu, na verdade, acho fascinante — comentou Hermione, ajeitando os óculos de proteção no seu rosto. — Faz todo sentido conhecer o que for sobre o Voldemort. De que outro modo você vai descobrir os pontos fracos dele?

Meu namorado balançou a cabeça afirmativamente, não respondendo em voz alta, porque a professora olhava na nossa direção.

— Chega de conversa aí! — disse ela em tom enérgico, aproximando-se com ar severo. — Vocês estão se atrasando, todos já começaram!

— Certo, professora, já estamos começando! — disse Ron, acrescentando baixinho, quando ela se afastou: — Devíamos ter usado o Abaffiato...

— Não, não devíamos! — discordou Hermione na mesma hora, parecendo, como sempre, aborrecidíssima só de pensar no Príncipe Mestiço e nos seus feitiços. — É muito perigoso usar feitiços que desconhecemos, podem ser ilegais! — ela virou seu olhar para o toco nodoso que nos aguardava. — Vamos, temos de nos apressar.

Nós quatro trocamos um olhar assustado e suspiramos antes de atacarmos o toco à nossa frente.

A planta imediatamente ganhou vida; galhos longos, urticantes e espinhosos saíram do toco e chicotearam o ar. Um deles se enganchou nos meus cabelos, e Ron o repeliu com uma tesoura de poda; Harry conseguiu conter dois galhos e prendê-los com um nó.

— Puta que pariu — suspirou Harry.

Abriu-se um buraco no meio dos galhos que serpenteavam no ar. Hermione enfiou seu braço no buraco corajosamente, os galhos se fecharam imediatamente em volta do seu pulso. Harry, Ron e eu puxamos e torcemos os galhos, obrigando o buraco a reabrir, e Hermione desvencilhou o braço, trazendo entre os dedos uma vagem igualzinha à que Neville tinha retirado segundos antes. Na mesma hora, os galhos urticantes voltaram a se recolher e o toco nodoso se imobilizou, parecendo um inocente pedaço de madeira seca.

𝐈𝐓 𝐖𝐀𝐒 𝐌𝐄𝐀𝐍𝐓 𝐓𝐎 𝐁𝐄, Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora