𝐈𝐓 𝐖𝐀𝐒 𝐌𝐄𝐀𝐍𝐓 𝐓𝐎 𝐁𝐄, Harry Potter

Y4- É sua

✨Lumos✨

–Remus, o que está fazendo aqui?! – indagou começando a puxar meu pai para a saída com as mãos tremendo – Filha, porque deixou uma pessoa que você não conhece entrar, eu já lhe falei que... – a interrompi me levantando e começando a encará-la.

–Eu sei quem ele é – admiti –, ele foi o meu professor de Defesa Contra as Artes das Trevas na escola e.. – respirei fundo antes de conseguir expressar qualquer palavra. Eu contei a meu pai que não tinha lhe contado, por isso, olhei para ele em procuro de apoio.

Ele deu um sorriso e moveu os lábios de forma a dizer um "Está tudo bem" mudo.

Assenti. Olhei para a minha mãe que estava à espera do final da frase, era completamente visível que estava nervosa, suas mãos sempre tremiam quando isso acontecia.

–Ele é meu pai, eu sei a verdade.

Murmurei. Observei atentamente o rosto pálido, ainda mais do que o costume, de minha mãe adotiva.

–Desde quando... – falou olhando para o vazio, ela não me olhava. Senti meu coração se apertar.

–Ele me contou quando ainda estávamos na escola.. Porque não me contou que sou adotada? – perguntei de repente, eu não estava realmente zangada mas merda, eu precisava de saber o porquê – Não iria interferir em nada, você não tinha de me falar quem eram meus pais verdadeiros, podia simplesmente ter dito. Eu cresci a minha vida inteira pensando que você era minha mãe e meu pai estava morto quando era exatamente o contrário!

Minha voz estava falhando.

Senti lágrimas se formando em meus olhos mas eu não ia deixá-las cair. Ao contrário da minha mãe adotiva, cujas lágrimas já caíam pelas suas bochechas.

–Me diga o porquê. – pedi novamente com um tom mais firme dessa vez.

–Eu... – sua voz falhou a meio – Eu queria, você não entende...

–Então me ajude a entender! – indaguei, frustrada.

Ela assentiu e se dirigiu para a sala, eu e meu pai a acompanhámos. Me sentei no sofá novamente.

–Eu queria lhe contar S/n, mas eu não podia. Apesar de realmente isso não interferir em nada, eu não contei porque eu queria sentir que realmente tinha uma filha, sem adoções. – fez uma pausa para secar as lágrimas com os dedos – Eu sei que isso não é suficientemente para justificar mas é a verdade, eu juro que é a verdade.

Realmente era verdade, não era suficiente. Só que bem no fundo eu consegui compreender.

–Filha – chamou meu pai –, sei que provavelmente está sendo difícil. Mas vamos explicar tudo, pergunte o que quiser que nós iremos responder.

Pressionei os lábios antes de assentir. Eu tinha muitas perguntas, muitas mesmo.

–Como era meu pai adotivo? – perguntei na direção de Laura.

Sua voz do choro recente me fez arrepender um pouco do tom de voz que eu utilizara.

–Ele era parecido comigo, todos diziam isso desde que nos conhecemos. – um pequeno sorriso surgiu em seu lábios enquanto falava –  Tinha um ótimo humor, era sempre a alma das festas, inteligente e sempre pensava de forma positiva. O que às vezes me enlouquecia para dizer a verdade.

Sorri levemente, gostaria de o ter conhecido. Depois da sua resposta outra pergunta rondou a minha mente.

–Quando é que a minha mãe morreu? – perguntei com uma certa relutância para o meu pai.