19: Beijos e Meteoros.

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Pov: Miguel ♡

*Mais tarde*

A vida fora do armário com certeza não é um lugar aconchegante de se viver, mas eu vou ter que me acostumar daqui pra frente.

Essa é a minha vida agora, nesse momento estou sentado na minha cama olhando a chuva cair lá fora da minha janela.

Pelo menos o som da briga dos meus pais pararam, sim, meus pais brigaram por minha causa.

O que aconteceu na última hora eu não desejo pra ninguém.

Assim que eu me assumir, o meu pai ouviu, na hora o medo e um pavor tomou conta de mim, eu conseguir ouvir o sons do meu coração batendo acelerado.

A única reação que eu tive foi confirma com a cabeça. E Olhar no olho do meu pai e ver a decepção de ter um filho gay, foi a pior coisa que eu já passei.

É como se aquele Miguel de 8 anos que tinha o pai como um super herói, fosse abandonado sozinho no meio de uma floresta escura.

Meu pai não precisou falar com palavras todo o seu ódio e decepção, tava tudo escrito em seus olhos só bastou eu ler eles e entender que eu não tenho mais um pai que me ama.

Não dei tempo dele falar alguma coisa, vim direto pro meu quarto e me tranquei aqui.

Enquanto ele e minha mãe discutiam na sala e eu choro em silêncio no meu quarto. Sozinho como sempre.

(...)

- Miguel me deixa entrar! - falou minha mãe batendo na porta do meu quarto.

Imediatamente levantei da cama e enxuguei as lágrimas no meu rosto e abrir a porta.
Ela entrou e sentou na minha cama. Fiquei em pé olhando pro chão, sem ter coragem de olhar em seus olhos.

- Você e o papai brigaram por minha causa não é?! - falei ainda tentando disfarça a voz de choro.

Ela suspira e falar
- Tá tudo bem meu filho, o seu pai só precisar de um tempo pra se assimilar tudo - falou ela carinhosamente.

- Me desculpa mãe - falo baixinho ainda olhando pro chão.

- O que? - diz ela confusa.

- Me desculpa por tudo o que aconteceu - falo emocionado - eu sei que eu não sou o filho que você pediu a Deus, me desculpe por ser gay - digo sem conseguir segurar as lágrimas que escorriam no meu rosto.

- Não! Filho não! Não peça desculpa por você ser apenas quem você! Você não tem culpa, nunca teve! - diz ela tentando me acalmar.

- Não tá decepcionada por ter um filho gay?! - perguntei chorando.

- Meu filho, o que isso mudar em você? - disse ela então eu levantei o olhar em seu rosto.
- Você ainda continua sendo o Miguel, o meu docinho de Coco, você ainda continua sendo o Aluno incrível que só tirar 10 e que é o mais inteligente da sala! você ainda continua sendo esse pianista incrível que sabe tocar todas as músicas! Você ainda continua sendo essa pessoa incrível que pensar mais nos outros do que em si mesmo, que guarda todas as suas dores dentro de você pra não machucar ninguém! - diz minha mãe levantado da cama e vindo em minha direção.

- Você ainda continua sendo o Meu filho, O Filho que eu sempre pedir a Deus, más mais do que tudo, você ainda é a pessoa que eu mais amo nesse mundo, e não é o fato de você ser gay que vai mudar isso, Eu ainda te amo meu filho - diz minha mãe me fazendo chorar mais.

- Eu também te amo, mãe - falei abraçando ela é chorando em seus ombros.

Ela retribui o abraço e também começar a chorar baixinho.

O Gordinho e o Playboy (Romance gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora