O Gordinho e o Playboy (Romance gay)

11: A Verdade (Parte 2)

Pov: Miguel♡

Sem pensar duas vezes, coloco meu celular no chão e pulo no lago, vou nadando até onde está o luca. Mesmo tremendo de medo pela possibilidade dele ter se afogado.

Ao me aproximar perto dele, eu vejo luca levantar da agua lentamente, um alivio surge instantaneamente em mim.

- Meu deus luca, pelo amor de deus, você me assustou! - digo ofegante, ainda nadando pra perto dele.

ele olha pra mim, seus olhos, nariz e boca estão bem vermelhos, é visivel pela seus olhos cheios de lágrimas que ele esteva chorando, muito. Seus cachos ruivos caem sobre seu rosto, Seus ombros estão caidos. Mesmo estando visivelmente triste, ele força um sorriso quando me vê, Um leve, torto e tremido sorriso. Seu olhar está profundo e triste.

Respiro aliviado, por ele não ter se afogado.

(...)

Pov: Luca☆

Eu não queria beber hoje, mas eu não aguentei, eu estou muito estressado e triste, minha cabeça está confusa, eu não encontrei o miguel, acabei cedendo e fui beber. Dê certa forma ajudou, diminuiu um pouco do meu estresse.

Sem raciocinar bem, guiado pelo meus sentimentos e emoções, eu fui pro lago na montanha.

Aqui sempre foi o lugar que a minha mãe me trazia direto, quando eu era criança. Assim que eu cheguei no lago, as memorias tomaram conta da minha mente. De todas as vezes que minha mãe me trouxera aqui.

Também veio na minha mente um memoria de um dia de quando eu tinha quebrado o vaso favorito da minha mãe, Isso aconteceu quando eu tinha 8 anos, com medo de falar que fui eu que quebrei o bendito vaso, eu coloquei a culpa na silvinha.

💭 - Filho fala a verdade! Você que quebrou o vaso? - minha mãe me perguntava pela milésima vez.

- Não mãe, foi a silvinha - Eu mentia de novo

Minha mãe respira fundo, ela sabia que eu estava mentindo, ela sempre sabia quando eu mentia, ela me conhecia bem.

- Filho, Me diga Verdade, eu sei que não foi a silvinha. É Melhor enfrentar a verdade, do que viver na mentira, As pessoas mais valentes são as que falam a verdade. - Ela me disse olhando nos meus olhos. 💭 eu me sentir tão culpado por ter falado uma mentira, que confessei o que eu fiz naquele dia.

Olho pro lago, meus olhos enchem de lágrimas, tudo aqui me lembra minha mãe. Uma raiva me sobe, quando eu lembro do que ela falou no dia do vaso quebrado.

- Sua hipócrita mentirosa! - Grito com o lago, como se estivesse falando com minha mãe. - Como você teve essa coragem? Todos aqueles malditos discursos sobre falar a verdade, enquanto você mentia pra mim a minha vida toda! Isso... - Começo a chorar de novo. - Isso não se faz com ninguém, eu tinha o direito de saber a verdade! - falo com raiva e tristeza.

Minhas emoções voltam a transborda, então num impulso de raiva eu pulo no lago. Com roupa e tudo.

Vejo as águas cristalinas me cobrirem do pés a cabeça, meu corpo fica submerso, o ar saindo pelos meus pulmões, aquela agua gelada me engolindo por inteiro. Aqui aliviou bastante a minha raiva. Está de baixo de agua, era como um refúgio pra mim, e pra minha mente. Era como se o tempo, o problemas sumissem por um instante.

Até que no fundo escuro do lago, no auge das minhas emoções, eu vejo um silhueta, parecia minha mãe nadando no fundo do lago, parecia que ela estava me chamando pra se juntar a ela no fundo do lago.

Eu sei que isso não é real, mas tudo em mim, está clamando pra seguir aquilo, eu estava prestes a ir nadando até a silhueta da minha mãe, até que eu escuto um baralho de alguém pulando no lago. Aquilo me fez voltar a realidade. A silhueta no fundo do lago some.