O Preço do Amor é a Morte - Refúgio y Dionisio (Concluído)

❣️RyD 10❣️

Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Acordei com a campainha tocando, se misturando ao temporal que caía lá fora. Olhei a hora em meu celular e me espantei, não dormi quase nada mas pareceu uma eternidade. Me levantei rapidamente e corri até a porta, olhei pelo olho mágico mas estava escuro, tudo que vi foi um vulto preto. Engatilhei minha arma e abri a porta.

Refúgio: Quem é você? Aviso que estou armada e vou disparar a qualquer movimento brusco que faça - falei firme sem tirar minha arma de sua mira.

Dionísio: Deveria perguntar antes de abrir a porta, avisar que está armada não vai dar tanto medo assim - falei calmamente - esperava uma recepção mais calorosa.

Refúgio: Posso esquentar ainda mais as coisas para você - abaixei a arma e travei - entra - dei espaço para ele e quando entrou fechei a porta - o que faz aqui embaixo dessa chuva? Ainda mais essa hora e como conseguiu o meu endereço? - deixei a arma na gaveta e fui até uma das caixas tirando uma toalha para ele - estou começando a pensar que você gosta da chuva, vai acabar adoecendo.

Dionísio: Vai me oferecer um café? Precisava te ver, ao menos tentar conversar, tive que pedir para a Camila que somente me deu depois de aceitar um convite para jantar - tirei a camisa molhada, estava abrindo a calça quando ela me deu a toalha - adoro chuva porque lembra de nós, uma gripe não faz mal - coloquei a toalha no pescoço terminando de tirar minha roupa para começar a me secar - sentiu a minha falta?

Virei de costas imediatamente ao vê-lo se despir em minha frente.

Refúgio: Claro, é tão egocêntrico que se vende por tão pouco, nem me surpreenderia se esse jantar acabasse na cama - falei com raiva - se quer transar com ela não sei porque veio atrás de mim... não preciso de você, tão pouco de vigia em minha porta, não tenho medo, quem vier vai entender isso... claro seu irresponsável, uma gripe não faz mal, seu inconsequente... a gente sente falta de quem está presente, não de quem se ausentar e não faz questão de ligar... olha delegado não tem nada para me explicar, se for sobre o meu marido ótimo - queria lhe magoar da mesma forma que ele me magoava com as suas palavras.

Dionísio: A última conversa que tivemos fui claro o suficiente para dizer quem me interessa - parei de me secar e a olhei - não sou bem vindo, devia ter imaginado com o seu silêncio - peguei as minhas roupas e comecei a me vestir - não estava aqui, mas senti sua falta todos os dias, não liguei assim como você não me ligou - coloquei a camisa indo para a porta - as flores - mostrei para ela - pode jogar se quiser, desculpe o incomodo e tenha uma boa noite.

Refúgio: Mas você não deixa claro para ela - me virei lhe olhando - é muito vaidoso para você ver duas mulheres interessadas em você, a disputa acirrada... o que elas fazem para chamar a sua atenção... mas isso não vai acontecer Dionísio, eu não vou entrar nessa disputa - senti os meus olhos marejarem - você não ligou não se importou comigo, ainda me diz que gosta de mim... dessa forma... quer ir Dionísio? Vá e leve as flores para a Camila, tenho certeza de que ela vai gostar seu idiota - esbravejei com raiva.

Dionísio: Eu mal converso com ela, essa disputa está na sua cabeça, fui sincero quando disse que não me envolvi com mulher alguma quando fiquei viúvo, foi a primeira, você se importou comigo? Porque também esperei que me ligasse, eu vim aqui de madrugada, em meio a essa chuva, estamos discutindo - respirei fundo, pegando as flores - vou pedir para outro assumir meu lugar no caso do seu marido, não terá que me ver mais.

Refúgio: Faça isso e me prove que errei ao acreditar que você poderia ser diferente, diferente de todos os outros homens toscos que eu vejo por aí... acha que não me importei Dionísio - sorri me aproximando dele - desde que você viajou não se deu ao trabalho de me mandar uma mensagem, de me ligar por dois minutos que fosse, esqueci, você estava trabalhando... disse que se importava comigo, mas era tudo mentira... se eu não tivesse te ligado você não o faria... faça como bem entender - o olhei e fui para a cozinha me proibindo de chorar.