❣️RyD 03❣️

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Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Dionísio: Não faria, porque quando pensamos de cabeça quente coisas ruins acontecem, ainda mais na profissão que estou, a cautela é tudo, o que terei que ser o dobro com esse caso. Eu lamento muito que ela tenha passado por tudo isso, não julgo senhora.

Camila: É muito fácil falar sem estar em seu lugar... se fossem sua esposa e filha o Sr estaria louco e passando por cima de qualquer pessoa, como ela... bom, se puder lhe ajudar em mais alguma coisa.

Dionísio: Acha que não estive? Agora quem está julgando? – falei sério - fiz tudo isso e olha quem venceu, eles. Como disse, esses bandidos são perigosos demais, eu volto em um outro momento quando ela estiver mais calma para conversarmos, tenho algumas perguntas.

Camila: Quando ela estiver bem, vai esperar que o médico a libere - respirei fundo e lhe entreguei o meu cartão - qualquer novidade peço que me avise, mas lhe advirto, ela não vai esperar de braços cruzados.

Dionísio: Sou uma boa pessoa, quando ela estiver bem eu apareço - peguei o seu cartão – Camila, mantenha sua amiga longe de problemas que atraiam a atenção errada – sorri saindo dali.

Sorri olhando para aquela linda bundinha redonda e durinha desfilar para mim e logo voltei a mim.

Desliguei o telefone assim que vi a Camila entrar no escritório e me encostei na cadeira sentindo os meus olhos mais uma vez voltarem a arder pelas lágrimas.

Refúgio: Não deveria ter deixado que ele fosse nessa viagem... ele ainda estaria aqui... comigo.

Camila: Como poderia prever que isso aconteceria? Sei que temos muitas coisas para decidir, está tarde, porque não descansamos um pouco antes de começar a ver toda a papelada, fazer escolhas difíceis? Posso fazer um chá.

Refúgio: Estava sentindo um aperto no peito, isso era um aviso, mas ignorei... ignorei e agora ele está morto - funguei - não sei por onde começar, se terei forças para viver tudo isso... primeiro o nosso bebê... agora ele... obrigada Camila, não preciso... vai descansar minha amiga, está tarde, precisa dormir... depois eu vou, prometo.

Camila: Sei que teria impedido, não se culpe, venha descansar, ainda não está bem – a abracei – estou aqui, vou ajudar no que for, tem forças por mais que nesse momento não a sinta, vai ficar tudo bem, sei que não quer descansar, mas ficamos deitadas quietinhas, levantamos as pernas, colocamos uns pepinos nos olhos, quando amanhecer começamos os preparativos, podemos fazer assim?

Refúgio: Está bem, eu sei que não vai dormir se eu ficar aqui - lhe abracei - vamos lá, ficar deitadas até que consigamos dormir - fui com ela para o quarto, trocamos de roupa e nos deitamos na cama.

Dias depois...

Não foi nada fácil esperar todos aqueles dias para que o corpo do Julian fosse liberado. Não entendia o que mais eles precisavam examinar, meu marido havia sido assassinado, todos os projéteis foram retirados de seu corpo. Assim como foram coletados todos os materiais que precisariam. Tive que agir naquele momento, falei com alguns juízes que conheciam e só assim o corpo dele foi liberado. Camila ficou a cargo de organizar tudo e avisar aos nossos amigos o horário e lugar do velório e de seu sepultamento. Desde aquela noite às visitas não paravam de chegar, assim como as mensagens e ligações. Não tínhamos parentes vivos, só éramos nós dois. Bom, agora seria apenas eu. Assim que o corpo chegou Camila me levou, minha sorte era ela, que estava a todo momento comigo. Os responsáveis por tudo tentaram conversar comigo, mas estava fora de mim, só tinha olhos para o caixão dele, que estava fechado, optei por isso. Não queria que vissem o estado que o seu corpo ficou. Ao lado estava uma foto sua, as flores e algumas cadeiras para sentarmos. Recebi o cumprimento de alguns amigos e logo a Camila me levou para uma das cadeiras. Notava alguns policiais ali disfarçados, não sei para quê se eles não conseguiram proteger o meu marido. Sei que não era alvo de ninguém, estavam perdendo o seu tempo.

O Preço do Amor é a Morte - Refúgio y Dionisio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora