23- Parquinho.

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𝗘𝘀𝘁𝗲𝗹𝗹𝗮.

Eu...eu quase beijei o Goularte?

Dor, uma dor muito forte domina tudo que faz parte de mim.
Abro meus olhos e tudo clarea, sinto minha cabeça latejando, minhas costas totalmente dolorida, porém, era reconfortante. Estava deitada num lugar confortável que eu com certeza já estive antes.

Me vejo deitada aos braços de Goularte no sofá da sala da Mel.

Calma, muita informação.

De repente, eu processo tudo, como uma máquina ultra rápida.

eu...eu quase beijei o Goularte?

Lembro de quase tudo ontem, compramos a resistência do chuveiro, fomos num restaurante aonde encontramos o Gou, fomos para o apartamento da Mel, Guaxi e Gou arrumaram o chuveiro, Mel começou a beber vinho...eu bebi vinho?
Mel e Guaxi invadiram uma festa do condomínio...ok
Joguei verdade e desafio com o Gou, quase beijei ele...vomitei...recebi um esporro da Mel...

Ok, que dia caótico.

Me levanto devagar para não acordar o Gabriel, tento passar por cima dele e quando estou preste a por meu pé no chão sinto meu pulso sendo agarrado.

- bom dia...o que? - Vejo o Gou despertar.

O encaro confusa, e então percebo que estou sentada em cima dele.

- eu vo-u...droga. - Gaguejo. - Vou no banheiro.

Ele assente e eu me levanto seguindo até o banheiro. Olho ao redor, o local estava pouco bagunçado; algumas garrafas aqui, outras alí. Talvez, se o Gou não tivesse arrumado ontem, estaria muito mais bagunçado.

Sigo até o banheiro meio atordoada, faço minhas necessidades com um pouco de dificuldade, mas por fim consigo.

Volto para a sala vejo o Gou mexendo no celular, ele me olha e me lança um sorriso, dou um sorriso de volta e quando vejo eu tô no chão.

puta.que.pariu

Atropecei.

Em uma ação rápida, Goularte me ajuda a se levantar.

- você tá bem? - ele pergunta.

Olho para o garoto e vejo ele segurando a risada.

- nem pense em rir. - coloco o indicador na sua boca, fazendo um gesto de silêncio. - estou bem. - dou um sorriso querendo rir.

Olho ao redor e vejo que eu tropecei no colchão aonde o Gary está dormindo.

Por que caralhos eu não vi o Gary quando levantei?

- mano, você tá bêbada ainda?

- lógico que não Gabriel, eu só não vi o colchão.

- ah, então tá cega. - diz o garoto querendo rir.

- eu vou ir tomar remédio que eu ganho mais. - me levanto e sigo até a cozinha, dessa vez sem tropeçar em nada.
Vejo o Gou me seguindo e parando ao meu lado na cozinha.
Pego um remédio que estava em cima da bancada, coloco água em um copo e tomo o remédio. Entrego um comprimido para o Gou e o copo.

- faz muito tempo que eu não tomo remédio pra ressaca. - digo.

- estou acostumado a tomar nos fins de semana. - ele diz e vira o copo d'agua.

Ouço um miado e olho em volta, vejo o Kel se aproximando.

- filho! - pego ele no colo igual um bebê.

- o Kel está muito grande. - Gou fala encarando.

- sim, não estou pronta pra ver meu filho adulto.

Omori ; GoularteOnde histórias criam vida. Descubra agora