10- Primeiro de Janeiro.

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𝗘𝘀𝘁𝗲𝗹𝗹𝗮.

Acordo atordoada com a luz entrando pela janela, olho para o lado e vejo a Bea dormindo agarrada com a Mel, dou uma risada nasal e então eu me levanto. Entro no banheiro e tomo um banho molhando meus fios ruivos. Coloco um cropped branco com uma calça Wide leg marrom. Penteio o meu cabelo e saio do quarto indo até a cozinha. Vejo o Gabriel no balcão da cozinha e ele me vê entrando. Merda, queria ser invisível nessas horas.

O garoto me olha e eu desvio o olhar, pego um remédio e coloco em cima da bancada para quando a galera acordar. Caminho até a parte externa da casa, me deito na rede e fico lá mexendo no celular.

- oi.

Olho para o lado e vejo o Gabriel, que porra.

- oi.

- você está bem? - ele pergunta.

- tô. - falo.

Ele não fala nada, apenas fica me olhando enquanto eu fico mexendo no celular. Olho para o garoto que ainda está parado ao meu lado.

- que foi? - pergutno para o garoto.

- olha Ella, eu..

- ta tudo bem. - falo.

- você não?..

- Gabriel, está tudo bem, o que você quer caralho? - falo sendo meio rude, eu realmente não queria. Mas, estava sem paciência.

- nada. - ele fala e vira as costas voltando para a cozinha.

Eu não queria o tratar assim, mas também, eu não quero ter algo a mais com o garoto, eu não posso.

Depois de um tempo eu me levanto e vou para o quarto, entro e vejo a Mel acordada.

- bom dia bela adormecida. - falo para a Mel.

- bom dia ruivinha. - ela responde rouca.

- ta tudo bem?

- estaria melhor se eu não lembrasse do que fiz ontem.

- é, nem tudo a bebida apaga, princesa. - digo para a garota.

- por que você deixou eu fazer tudo aquilo, Ellaaa. - a menina fala choramingando.

Eu não queria falar que tive um pequena "discussão" com o Goularte enquanto a Mel estava dando beijo tripo e fazendo não sei o que.

- não era diversão que você queria? ta ai, teve. - falo.

- Ella vei, eu beijei o Guaxi e o Luís, e você não me segurou.

- não sou obrigada. - digo e pego meu celular para mexer.

- eu queria ser igual a você. - Mel fala.

- isso é o que te faz única garota, ta tudo bem. - olho pra ela.

- ai Ella, por que eu sou assim? ou melhor, por que você deixou eu fazer tudo aquilo? ou melhor ainda, por que deixou eu beber tudo aquilo? - Mel faz várias perguntas numa rapidez que eu quase não consegui recapturar.

Olho para a garota com feição de indignada e franzo o cenho.

- amor, você que bebe e quer me cobrar coisas, se fode né. - falo para a garota voltando a mexer no celular.

- obvio, você tem que cuidar de mim, você prometeu. - a menina diz.

- com certeza não.

- ai minha cabeça ta doendo vei.

- vai lá, tem remédio na bancada.

- pega lá pra mim.

- oxi, eu não, vai tu.

Vejo a garota se levantando e saindo do quarto.

[...]

Vou para a sala e vejo a Gabi e a Mel sentadas no sofá.

- aah porra, vocês estão aqui. - digo me sentando ao lado de Mel e ela deita a cabeça no meu ombro. - já tomou o remédio que eu falei pra ti tomar? - pergunto.

- vou tomar é uma cachaça. - Mel fala rindo. E logo é surpreendida com um tapa que eu dou nela.

- porra de cachaça, vai logo tomar remédio. - falo para a garota.

Ela assente e então vai.

Atualmente na casa está apenas: Eu, Mel ,Gabi, Guaxi, Matt, Gary, Bea e Gou. O resto do pessoal havia ido embora mais cedo. E os que ficaram irá outro dia.

[...]

𝗚𝗼𝘂𝗹𝗮𝗿𝘁𝗲.

Estava deitado no quarto morrendo de dor de cabeça por conta de ontem. Também estava pensando sobre o que rolou comigo e com a Ella, ela parece que não gostou, mas, não sei se ela não gostou por que fomos interrompidos ou por que ela se arrepende de que esteve tão perto de mim. Eu queria poder entende-la, mas ela não dá brecha, ela é difícil de ser compreendida, mas eu sei que consigo compreende-la. Eu só preciso de um ponto que possa ajudar a gente a se reconciliar.

Escuto a porta abrindo e logo a Mel colocando a cabeça para dentro do quarto.

- oi loirinho.

- se não me trouxe remédio, vai embora. - digo a garota.

- nossa, eu tacaria esse copo na sua cabeça agora, mas eu sou uma boa pessoa. - a garota diz entrando no quarto com um copo e um comprimido na mão.

- obrigado criança. - falo e tomo o remédio.

- vai se fuder Goularte. - a garota diz sentando na cama e fica em silêncio. Logo ela quebra o clima. - mano, e você e a Ella? - ela me olha. - vejo vocês dois ai pela casa, eu te conheço Goularte.

Engulo seco e a olho.

- o que quê tem? - pergunto totalmente sínico.

-  que vocês dois combinam, sabe qual é o jogo favorito dela? ou melhor, o nome do gato dela? - a garota pergunta me olhando sacana.

- nada a ver, nós só somos...amigos? - falo meio confuso e pensativo.

Eu não poderia falar o que provavelmente eu sentia pela a Ella, a garota era uma mulher incrível, mas eu não sou o que ela precisa.
A Mel me conhecia o bastante para saber que havia algo errado, ela me olhava como se quisesse tirar algo de mim, mas eu não queria falar sobre o que rolou comigo e com a Ella.

- o bagulho do vinho é real? que você derramou vinho nela e afim.

Lembranças veio a tona, e eu lembro do dia do restaurante como se fosse ontem.

- sim, tive que emprestar minha camisa pra ela, namoral. - falo.

- ce ficou pelado no restaurante? - a garota pergunta incrédula.

- claro que não né porra, era sobreposição. - respondo.

- calma, era vinho tinto? - a menor pergunta.

- era, não sei como ela não me matou ainda. Mas estamos chegando lá. - falo dando uma risada sarcástica.

Continuamos a conversar e a Mel me sugeriu a levar a Ella no shopping para comprar outra blusa para a garota. Será quase impossível, por que eu não contei da parte que a Ella está me ignorando por um motivo que eu provavelmente não sei.

Vejo a Mel saindo do quarto depois da conversa e então fico ali deitado até cair no sono.

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OIII RAPAZIADAS,
MEUS AMORES.

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bjss

Omori ; GoularteOnde histórias criam vida. Descubra agora