𝗘𝘀𝘁𝗲𝗹𝗹𝗮.
Eu já estava pronta para a inauguração de Atlas.
Não estava muito afim, mas fui por consideração. Antes de ir, comentei com Gabriel sobre e ele me pareceu apreensivo, acredito que ele não gosta muito de Atlas, não haveria motivo, afinal, eles não se conheciam, porém se houvesse motivo provavelmente seria ciúmes, não que eu acha que ele teria, o Gou é muito sossegado pra ter ciúmes ou coisa do tipo, mas eu enxergo muito bem as intenções de Atlas, e parece que Goularte também.
Atlas me mandou a localização do lugar hoje cedo, eu peguei um uber e fui, Gou até me ofereceu carona, mas falei que não precisava, e sabia muito bem que ele ficaria lá fora esperando até eu ir embora, eu gosto disso nele.O carro estaciona em frente a um edifício enorme decorado em tons escuros de madeira. Uma fila de pessoas adentrava no local, não imaginava que teria tantas pessoas assim, logo, saio do carro e vou entrando junto com as pessoas e fico surpreendida com o espaço. Era uma mistura de luxo com algo mais rústico, os tons escuro predominava o lugar e as luzes amarelas se destacavam penduradas em estacas de madeira. Havia alguns sofás, umas mesas em fileiras e um balcão enorme repleto de drinks atrás que deixava o lugar mais a caráter. No fundo tocava uma música calma e as vozes das pessoas preenchiam o lugar. Eu me sento em uma mesa que ficava quase de frente para um palco onde havia alguns caras e uma mulher, que eu deduzi que fosse os músicos. Um dos caras arruma o microfone e dá uma batidinha para testar, a música para e todos ficam em silêncio, de repente Atlas entra e todos o recebe com muitas palmas, seu sorriso no rosto era predominante, o que me fazia sorrir também.
- Sejam bem-vindos a todos! Estou muito feliz de ver toda essa gente aqui, vocês não têm ideia do quanto é gratificante.
Algumas pessoas batem palmas e um grupo de homens gritam coisas como "isso ai cara!", "manda a ver, Atlas". Provavelmente são amigos dele.
Alguns minutos se passam e o discurso de Atlas acaba com muitas palmas e gritaria, dava para ver a felicidade gravada em seu rosto. As pessoas voltam a conversar e a banda de músicos começa a tocar, eu me distraio por um minuto e Atlas aparece em minha frente.- Ester! você veio.
- Uau! isso tudo foi incrível, parabéns. - digo sorrindo e dou um abração nele como comprimento.
- Me acompanhe senhorita, você será a primeira a tomar um drink. - Ele diz de forma formal, como se estivessemos nos vendo pela primeira vez, eu sorrio e o sigo até o balcão.
- A quanto tempo você faz drink?
Atlas entra por trás do balcão e eu me sento, apoiando os braços
- Uns 10 anos, sempre gostei disso. - ele começa a preparar o drink. - na adolescência meu apelido era pinguinha.
Eu rio porque imaginei aqueles supostos amigos de Atlas o chamando de pinguinha na adolescência. O garoto agita um copo, corta algumas coisas e mistura tudo, me deixando cada vez mais curiosa com o sabor.
- Aqui está madame
Atlas me entrega um copo com um líquido transparente, eu dou um gole e o gosto de limão toma conta do meu paladar.
[...]
Eu já estava a algumas horas bebendo e conversando com os amigos de Atlas, sim, eu meio que me enturmei com eles. Estavam contando algumas histórias de Atlas, o que me fazia rir muito e Atlas ficava cada vez vermelho. No meio disso, eu me retirei e fui ao banheiro, mandei algumas mensagens para o Gou que havia perguntado como estava sendo e para meu pai também. Saio do banheiro e vejo Atlas no corredor encostado na parede falando com alguém no telefone, me aproximo e ele me lança um sorriso, terminando a ligação logo em seguida.
- Coisas da imobiliária. - Ele fala indicando o celular, eu desvio o olhar e sinto seus olhares em cima de mim.
- Minha nossa, agora você é um homem de negócios
Ele sorri e eu sorrio para ele
- Tem que ser, né? - concordo com a cabeça e um silêncio se instala, Atlas se aproxima de mim, me fazendo engolir seco. - Você está bonita hoje
- Obrigada. - mordo meus lábios timidamente e Atlas se aproxima mais de mim, sua mão que em um segundo segurava o celular, agora estava em minha bochecha e sinto seu rosto se aproximando do meu, numa ação rápida eu dou alguns passos para trás e o encaro sem graça.
- Atlas, isso não é para acontecer. - digo firmemente e começo a andar em busca da saída.
Meu coração começa a disparar, não por ter andando bastante até chegar a fachada da loja, mas sim pelo o que acabou de acontecer, ou o que poderia ter acontecido. Pego o celular e começo a tentar chamar um uber, porém passa 15 minutos e nenhum aceita. Escuto alguns passos atrás de mim e me viro vendo Atlas caminhando em minha direção.
- Estella, desculpa pelo o que aconteceu, eu não queria...
- não tudo bem, eu não deveria ter saído daquele jeito. - eu falo e coço a nuca olhando para ele, o vento que batia e o frio da noite congelava meu corpo.
Vejo Atlas se aproximando mais e eu dou mais alguns passos para trás, e de repente um carro encosta no meio fio. Escuto a porta batendo e Goularte aparece subindo na calçada chegando ao meu lado e encarando Atlas.
Atlas encara ele de volta e balança a cabeça como comprimento, e Goularte faz o mesmo, ele toca em meu ombro indicando para eu entrar no carro, olho para Atlas e dou um sorrisinho.- Obrigada por me convidar, boa sorte com seu bar. - digo e me viro caminhando até o carro e entrando, Gou fica alguns segundos ali fora olhando para Atlas, mas logo dá meia volta entrando no carro também, ele liga o carro começando a dirigir e vejo Atlas sumindo aos poucos.
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oiii amigaaas, tudo bem?espero que vocês tenhan gostado do cap 🫶🏻 obg quem esteve ate aqui!
votem na estrelinha para mais caps!
bjss.
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Omori ; Goularte
FanfictionAlém de gostarem do mesmo jogo e terem o mesmo ciclo de amizade, 𝗘𝘀𝘁𝗲𝗹𝗹𝗮 e 𝗚𝗼𝘂𝗹𝗮𝗿𝘁𝗲 tinham outra coisa em comum; não acreditar no amor. Para Estella, eles não tinham nada de parecido além de um joguinho favorito. Porém, após ambos ace...