24- Discussão.

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𝗘𝘀𝘁𝗲𝗹𝗹𝗮.

Alguns dias se passaram, e eu continuei na casa da Mel. Até o dia que tive que voltar para casa para arrumar as malas para a viagem.

Mel conseguiu alugar uma casa na praia, iríamos sexta de manhã, e ficaríamos até domingo a noite.

Era uma tarde de quinta feira, no dia seguinte seria a viagem, então fui pra casa para arrumar as malas.

Chego em casa com o Kel, abro a porta da casinha e vejo o felino saindo de dentro do objeto.
Ele deita nó sofá e se aconchega alí mesmo.

puta.merda

Com quem eu deixaria o Kel? esqueci desse detalhe.

Fico pensativa, não queria deixar ele aqui, mas também seria arriscado levá-lo para praia.

Penso e penso, e por fim..

Pego meu celular e disco o número do meu pai, aparece uma mensagem na frente dizendo que está chamando, por fim sou atendida.

- pai, oi.

- filha, tudo bem?

- sim, posso te pedir um favor?

- ah...claro, sim.

- pode ficar com Kel por um tempinho? vou viajar pra praia com uns amigos e não dá para levar o Kel.

- ah.. - o mais velho fica em silêncio. - não vejo problema filha, mas.. - ele é interrompido por mim

- ótimo! passe aqui no meu apartamento hoje. Obrigada pai, te amo.

Desligo o celular e busco a mesma mala que usei para ir á chácara, pego uma mochila para caso eu precise usar durante as visitas nos lugares próximo a praia.
Como irei passar pouco dias lá, não seria necessário o mesmo tanto de roupa que usei na viagem da chácara, então peguei o necessário.

[...]

Mais tarde, ouço a campainha tocar, sigo até a porta e atendo, avistando meu pai.

- oi, pai. Pode entrar, o Kel ta aqui.

Pego o Kel e dou um beijasso em sua testa, coloco ele dentro da casinha e a fecho.

- com quem você vai para a praia? - meu pai pergunta.

- ah, você sabe. - olho para o mais velho e ele faz cara de confuso. - a Mel, o Gabriel e mais alguns amigos.

- o Gabriel vai também?

- sim, ué?

- Tetella, você deveria ir devagar. - o homem fala se encostando na porta.

- oi? devagar com o que?

- você com esse garoto. Sabe o que aconteceu da última vez.

- ai meu deus, você ta comparando o Gabriel com um canalha de um ex meu? - vou em direção do sofá e tento fechar a minha mala.

- não estou comparando, filha. Eu só quero sua segurança. - o homem vê que não consigo fechar a mala então se aproxima me ajudando com o ziper emperrado.

- pai, eu e o Gabriel não somos namorados, estamos longe disso. - falo olhando para o mais alto - Eu o considero meu amigo.

- mas Estella, você está saindo com ele quase todos finais de semana. Já é sua segunda viagem com ele.

- idai? eu já deixei claro que ele é meu amigo, não tem o que se preocupar. - falo colocando a mala no chão. - e aliás, para de trazer esse assunto passado em tona, eu ja superei esse...trauma, não preciso do seus conselhos. - coloco tudo isso pra fora, não sabia o pq falei dessa forma com o meu pai. Talvez eu estivesse com raiva, por mais que eu não fique com raiva tão facilmente.

Omori ; GoularteOnde histórias criam vida. Descubra agora