36- Promessa.

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𝗚𝗼𝘂𝗹𝗮𝗿𝘁𝗲.

Procuramos a Mel por toda a festa, Carol e Ella procuraram nos banheiros, eu na pista, André na parte do bartender e Guaxi foi procurar no lado de fora. Ligamos para ela, mas seu celular parecia desligado.
Mais tarde nos reunimos todos em um único lugar e ninguém viu nenhum sinal da garota.
Comecei a ficar muito preocupado, eu deveria ter impedido dela ter bebido aquele copo, provavelmente estava batizado.

𝗘𝘀𝘁𝗲𝗹𝗹𝗮.

Eu e Carol voltamos dos banheiros enquanto ela segurava minha mão para eu não cair.

- onde será que ela está, cara? - Guaxi diz, desesperado.

- vocês não acham que ela foi para casa? - André pergunta.

- sem avisar? - respondo.

- talvez ela tenha ido pra casa, ela bebeu muito. - Gou diz.

Eles continuaram conversando e criando uma hipótese de onde a Mel poderia estar, e automaticamente, escuto um ruído no meu ouvido, a voz das pessoas falando se tornou um silêncio total, sinto minha visão escurecendo e a música abaixando.

- Gou. - falo ao tocar em sua mão e aperta-la. Ele me abraça e observo ele falar, mas sem emitir nenhum som, a música acaba e minha visão se escurece por completo.

[...]

Sou tomada por uma claridade imensa ao abrir meus olhos. Olho em volta e percebo que não estou em meu quarto, ao perceber onde realmente estou, vejo que esse é o quarto do Gou, e estou em sua cama.

Levanto e sinto minha pressão cair, mas logo ela volta ao normal e eu sigo para fora do cômodo. Olho através da janela e vejo que está de dia, deveria ser umas 09:00 e pouco.

Caminho até a cozinha e encontro o Gou, fazendo panquecas.

- oi, bela adormecida.

- oi. - sento no banquinho do balcão da cozinha.

- tá melhor? - ele pergunta enquanto joga a massa na frigideira.

- é, acho que sim. - coloco uma mecha do cabelo atrás da orelha. - você dormiu comigo?

- não, eu dormi no sofá. - ele aponta para a sala. - achei que você ficaria mais confortável dormindo sozinha.

- você sabe que poderia ter dormido comigo.

- não sei não. - responde enquanto vira a panqueca na  frigideira.

Vejo o Mewo se aproximar e se alisar no banco, pego ele no colo e começo a fazer carinho.

- e a Mel? ela apareceu? - pergunto.

- não, ainda não.

- vou ligar pra ela. - me levanto, coloco o Mewo no chão e caminho até o quarto.

- Tetella, seu celular tá' aqui na sala. - ele diz. Pego meu celular na sala e vou para o quarto já ligando para Mel.

chama por um tempo e finalmente, ela atende.

- Mel? ta me ouvindo?

- to não. - ela responde.

- ta não o que, porra?

- tu ta bem? - ela pergunta.

- eu que te pergunto, que perdido foi esse?

- bebi demais e vim para casa.

- mas sem avisar nada? - sento na cama e mudo o celular de orelha.

- aconteceu umas coisas, Ella. Coisas que nem eu que presenciei sei explicar. - diz ela dando uma pausa. - preciso de um tempo para digerir isso.

Omori ; GoularteOnde histórias criam vida. Descubra agora