28- Macarrão de Maconha.

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𝗔𝘂𝘁𝗼𝗿𝗮.

A mão quente de Goularte tocou a nuca de Ella com vontade, causando arrepios. A atmosfera criada por aquele beijo era cheia de desespero e intensidade, sempre por mais e mais.

A necessidade daquilo, daqueles dois, de tocar um ao outro, era visível.

Mais algumas mãos bobas por ali pesava, mais quentura, mais ternura.

sempre mais.

Quando a respiração de ambos pesou, seus lábios se separaram. Gou quase que solta um resmungo frustante por ter acabado, ele sentia necessidade de continuar e de tocar a garota.

Enquanto Ella, ao mesmo tempo que as borboletas em seu estômago faziam embrulho de felicidade, sua cabeça estava a mil e com um grande arrependimento chegando.

- Gabriel... - suspirou Estella.

Ele queria ouvir a voz dela falando seu nome outras vezes, ele gostava daquilo.

- nós... eu, você.. - confusa, diz.

Goularte a olha para a garota sem dizer nada. Estava tentando distinguir se aquilo realmente acabou de acontecer, ou era um sonho (do qual ansiava muito.)

- acho... que estamos atrasados pro almoço. - Gabriel diz, por fim.

Ella assente, e como sempre, num clima péssimo, os mesmos seguiram seus trajetos de passar no mercado e seguir de volta para a casa.

Mas é claro que, nada seria como antes depois daqueles toques.

[...]

𝗔𝘂𝘁𝗼𝗿𝗮.

Para Ella, nunca foi difícil esquecer acontecimentos marcantes, até mesmo se for algo trágico. A garota conseguia fingir que aquilo nunca aconteceu e que ela nunca teve que passar por aquilo, por mais que difícil tenha sido a situação. Ela chamaria isso de dom.

Porém, claro que tinha consequências.
Ela esquecia de coisas importantes constantemente, e isso atrapalhava muito seu dia a dia.

Mas, com Gabriel era tudo diferente.

Ela não conseguia mais tirar o mesmo de sua mente, não conseguia deixá-lo ir de sua imaginação, e não conseguia tira-lo de suas memórias.

Como se tudo o que fizesse parte de Goularte, fosse um ímã ligado a Estella. Desde o começo, desde quando sua vida começou a ser tomada por um loiro aleatório e jogador de omori.

𝗘𝘀𝘁𝗲𝗹𝗹𝗮.

Chegamos em casa com as compras, deixo elas em cima do balcão da cozinha e observo a Mel se aproximando.

- que demora é essa? - pergunta a garota.

Automaticamente Gou e eu (pelo meu temperamento) ficamos vermelhos.

Mel muda seu semblante, ficando com a expressão de quem sabe muito, por que ela sabe muito. Dá um sorrisinho de canto e eu finjo ignorar.

- vamos fazer live cozinhando? - digo. - vou abrir, chama a galera.

Mel assente e some de vista.

Ajeito o celular na bancada, ligo a live e enquanto o a minutagem não acaba, eu anúncio a live no twitter.

Tiro a tela de minutagem e a live começa.

- oi gente!! - faço aceno com a mão. - hoje nós iremos fazer nosso almoço com vocês.

Me movo para o lado dando visão ao o Gou que estava enquadrado na câmera porém, bem lá no fundo da cozinha.

Ele olha e se aproxima.

Omori ; GoularteOnde histórias criam vida. Descubra agora