𝗚𝗼𝘂𝗹𝗮𝗿𝘁𝗲.
- ai, foda-se, é vinho. - ela pega a taça da minha mão e vira tudo.
Vejo a feição amarga em seu rosto, a testa franzida e os olhos semi-cerrados. Ela coloca a língua para fora, como se fosse uma criança fazendo birra. E logo depois deixa escapar um sorriso.
- que fofa, parece uma criança.
- que criança o que, Gabriel.
- parece. - digo.
- não. - ela rebate.
- ta bom. - falo me redendo; ou não. - então, você é neném.
Ela me fuzila com os olhos, e me da um tapa no braço.
- babaca.
- chata.
- escroto.
- criança.
- vou ficar quieta! - ela exclama.
- prefiro você sendo matraca.
- sua opinião não importa. - rebate a garota.
- ok, criança.
- criança é o seu c... - ela é interrompida.
- vamos tirar uma foto, vem. - Mel aparece toda animada e puxa eu e a Ella.
Mel entrega uma taça para mim, já que a Ella tinha pegado a minha. Guaxi e Mel também estão com uma taça na mão, Mel pega o celular e coloca na câmera.
- vai, junta as taças. - diz a garota.
Juntamos as taças e a Mel tira uma foto.
- vou postar no twitter. - diz a menina.
- vai, cachaceira. - Ella diz zuando a garota.
- se manca ruivinha, temos que aproveitar que o chuveiro voltou a pegar!
- sei. - Ella diz rindo.
Mel revira os olhos e volta a olhar o celular.
Vejo a Ella caminhar até a mesa onde está a garrafa de vinho branco, ela despeja um pouco em sua taça e vira tudo.
𝗘𝘀𝘁𝗲𝗹𝗹𝗮.
Viro a taça de vinho. Não estava mais ligando para o gosto do álcool descendo, eu estava tentando superar tudo isso, superar o passado, superar o desgosto pelo gosto amargo de álcool, superar tudo aquilo que eu me privei de fazer ou ser.
Olho ao redor e vejo a Mel me encarando com uma feição de confusa, dou um sorriso e ela retribui voltando a olhar para o celular.
Me aproximo do Gou que estava sentado no sofá, me sento ao lado dele e encosto a cabeça em seu ombro.
- ta com sono? - ele pergunta.
- não.
- bebeu de novo?
- sim.
- percebeu algo de errado na Mel?
- sim, e por que o interrogatório?
- chata.
- af. - resmungo.
Me viro e deito em seu colo olhando para o garoto.
- acho que a Mel estranhou por eu ter bebido. - falo para o garoto.
- mano, eu vi. - o garoto começa a fazer cafuné na minha cabeça. - mas acho que não é nada.
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Omori ; Goularte
FanfictionAlém de gostarem do mesmo jogo e terem o mesmo ciclo de amizade, 𝗘𝘀𝘁𝗲𝗹𝗹𝗮 e 𝗚𝗼𝘂𝗹𝗮𝗿𝘁𝗲 tinham outra coisa em comum; não acreditar no amor. Para Estella, eles não tinham nada de parecido além de um joguinho favorito. Porém, após ambos ace...