33- Tão bêbados, Tão sóbrios.

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TW: conteúdo sexual. (caso se sinta desconfortável em ler descrições de sexo, deixarei um * onde começa e onde termina para caso queira pular.)

boa leitura!

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𝗘𝘀𝘁𝗲𝗹𝗹𝗮.

Chego na sala onde Mel e Guaxi estão conversando e bebendo em suas devidas taças.

- quem quer? - balanço a tupperware com as frutas dentro.

- eu - Guaxi estica a mão para pegar uma fruta mas Mel dá um tapa em sua mão.

A mesma pega uma uva na Tupperware, se distancia e olha para o Guaxi.

- abre a boca - diz Mel.

O garoto abre e no mesmo momento, Mel joga a fruta acertando perfeitamente na boca dele.

- aee caralho! - Mel fala alto.

- eu quero - Gou que estava atrás de mim diz.

Gou abre a boca e Mel joga a fruta fazendo-a cair perfeitamente na boca dele.

e eu, me perguntava se eles já estavam bêbados.

[...]

𝗚𝗼𝘂𝗹𝗮𝗿𝘁𝗲.

Ella dançava e cantava, a televisão passava a letra da música, enquanto ela soltava a sua voz com a Mel.
E novamente, a mesma sensação, só que dessa vez muito mais profunda, estava numa bolha onde apenas eu e ela eramos importantes, onde em qualquer história éramos os protagonistas.
Cada festa, na praia, os rolês na madrugada sempre somos nós dois.

Quando a garota me olha, eu sinto um aperto no coração, sinto que o aperta quando quiser, como se tivesse poder sobre mim.
Queria entender como conseguia, como conseguia me fazer sentir desse jeito, e sempre me pergunto se ela também se sente assim, ou a sua vulnerabilidade faz com que ela faça isso comigo.

Sou trazido de volta para a realidade quando Guaxi que estava ao meu lado se levanta para cantar com a Mel, e quem oculpa seu lugar é Estella.

- se divertindo? - ela pergunta, claramente não tão sóbria.

Não poderia falar muito, afinal nem eu estava.

- é, eu tô.

- tô vendo. - pela visão periférica consigo enxergar seu sorriso, então me viro e a olho nos olhos e consigo ver a sua felicidade de estar aqui. - você poderia me ajudar a escolher a fantasia que irei usar na festa da faculdade. - diz quebrando o contato visual e se encostando no encosto do sofá. - aliás, você vai de dupla comigo.

- quem disse? - pergunto, encontrando o olhar dela de novo

- eu disse.

- ah é? e quais são suas ideias?

- se eu tô pedindo a sua ajuda é porque eu não sei. - fala a garota.

nem é bruta, né?

- fica sem fantasia, vai de kaiser. - falo dando um gole na taça de vinho tinto.

- nãooo. - ela me abraça. - o que você gosta? poderíamos tentar.

ah é?
 
- eu definitivamente não interpretei legal essa pergunta - falo pra ela e a vejo ficar vermelha.

- ai meu Deus, Gabriel. - ela fica sem graça. - eu estou falando da fantasia, ok?

- não disse ao contrário. - digo tentando segurar um riso.

Ela solta uma risada doce e envergonhada, ainda me abraçando, eu coloco um dos meus braços em volta de seus ombros a trazendo para mais perto.

[...]

Omori ; GoularteOnde histórias criam vida. Descubra agora