𝗘𝘀𝘁𝗲𝗹𝗹𝗮.
Não estava frio, mas estava ventando bastante nas ruas movimentadas de São Paulo.
Os carros derrapavam rápido na avenida molhada, do qual havia chovido minutos antes.
Sorte a nossa de ter saido da praia antes da chuva começar, mas nada nos livrou de pegar trânsito.Gabriel tenta achar um lugar para estacionar na frente do meu condomínio, e assim, ele para o carro.
- eu vou ajudar a Ella a subir com as coisas dela, esperem aqui. - Goularte diz para Guaxi e Mel.
Faço cara de desentendida, porque eu nem ao menos pedi ajuda, mas já que se ofereceu.
Guaxi e Mel assentem, e então eu e Gou saímos do carro.
Ele pega minha mala no porta-malas, e então seguimos o caminho até a portaria.- boa noite. - digo ao porteiro.
Ouço ele retribuir e seguimos para o elevador.
Não estava pronta para lidar com um clima tenso novamente, porque agora parecia que, todos lugares que eu e o Gou estávamos juntos e sozinhos, sempre rolava algo.
- o que achou da viagem? - pergunto ao garoto após entrar no elevador e apertar o botão do andar.
Ele parece pensar e então se encosta na parede do elevador.
- foi massa.
- boa. - digo.
e o climão se instala, novamente.
- 'tava pensando aqui, nunca jogamos omori juntos. - diz o garoto.
- então esse momento de clima tenso você estava pensando nisso? - olho divertida.
- você que não está falando nada.
- você que parece grosseiro.
Ele encara firme e então o elevador se abre.
- você 'tá muito rebelde - ele encosta a mão nas minhas costas me guiando para fora do elevador.
- você 'tá muito rebelde. - o imito fazendo uma voz irritante, claramente o provocando.
- a criança entrou na adolescência? - ele coloca a mão na minha cabeça me empurrando pelo corredor do prédio.
- você 'tá pior que velho na menopausa.
- mano?
- quê foi? falei a verdade. - falo num tom de superioridade, e por fim chegamos a porta do meu apartamento.
Abro minha bolsinha de passeio procurando pelas chaves.
Solto um suspiro de frustração.
- está difícil ai? - Gou pergunta.
- não, lindo. - digo e escuto um barulho de metal ao remexer a bolsa. - achei já.
Destranco a porta, e a porta se abre, com o ar de uau, estou em mi casa.
- não é por mal, mas - me viro para o garoto. - bem que você podia buscar sua mala - retorno a falar. - já que o carro é do Guaxi, ele poderia muito bem levar a Mel e ir pra...
- 'tá tão difícil assim pedir pra eu ficar? - ele diz curvando seus lábios em um recém sorriso.
- já te chamaram de convencido alguma vez?
- não, já te chamaram de chata?
- quer ficar ou não? - falo quase revirando os olhos. - se quiser pode ir embora. - faço movimento de expulsão com a mão.
- vou indo. - ele dá indícios de se virar.
Olho com cara de assustada pro mesmo.
- na verdade, eu prefiro ficar. - diz ao se aproximar de mim
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Omori ; Goularte
FanfictionAlém de gostarem do mesmo jogo e terem o mesmo ciclo de amizade, 𝗘𝘀𝘁𝗲𝗹𝗹𝗮 e 𝗚𝗼𝘂𝗹𝗮𝗿𝘁𝗲 tinham outra coisa em comum; não acreditar no amor. Para Estella, eles não tinham nada de parecido além de um joguinho favorito. Porém, após ambos ace...