Capítulo revisado, mas pode conter erros.
Bright e Win se encontraram de novo dois dias depois, num sábado onde os ambos estavam mais livres. Metawin se admirou quando entrou no quarto do pintor, ainda que fosse como tinha imaginado, esperava algum tipo de excentricidade artística típica de tal classe. Alguma estátua de gesso ou algum quadro expressionista ou arte abstrata confusa demais para supor uma explicação. O mais perto disso que havia era o amontoado de quadros perto da cômoda.
— Vou buscar meu notebook, não faça bagunça.
O mais novo fez uma careta, o vendo sair do cômodo. Enquanto o esperava, rodou pelo quarto antes de ir até a escrivaninha que chamou sua atenção desde o segundo que entrou. Nela havia mais materiais de arte que Win jamais pensou que existiriam, estojos de tinta aquarela, uma embalagem de brush pen de 64 cores ainda fechada, um pote de lápis que julgou impossível dar nome a todas as cores. Alguns potes de tinta acrílica, pincéis específicos em vários formatos. Se perguntou para quê tanta variação de tons se ele não as usava.
Na quina da mesa viu um caderno de aquarela, tamanho médio. Folheou as páginas de desenhos inacabados, muitos pela metade, o conteúdo era bastante diversificado: flores, paisagens, natureza morta, arte abstrata, rascunhos de pessoas, entre mulheres e homens, ele. Ele? Estagnou quando percebeu, retrocedendo algumas folhas. O primeiro era um desenho incompleto de seu rosto em uma visão 3/4, ainda que não concluído, era sim os traços de Metawin. As mesmas bochechas, lábios e o cabelo reto caído sobre a testa. O outro era uma figura de corpo inteiro apoiado em uma janela, o rosto não estava terminado, mas definitivamente era ele. E o último, o que ele mais gostou, estava sentado no meio fio de uma calçada segurando uma rosa, com um sorriso largo. Só faltava o cabelo e a paisagem de fundo para estar pronto.
— O que pensa que está fazendo!?
O caderno foi tirado da sua mão abruptamente. Vachirawit o fechou e colocou do outro lado da mesa, deixando distante do rapaz.
— Não sabia que gostava de me desenhar.
— Não é você!
— Tem certeza? Porque parecia muito, tudo bem se quiser me usar de muso inspirador, fico lisonjeado em ser usado como modelo de um artista tão talentoso.
— Muso... – Repetiu em descrença. Respirou profundamente, soltando um suspiro. – Não mexa de novo nas minhas coisas.
Quando o artista se sentou na cama e conectou o carregador no notebook e na tomada, Win se sentou perto dele enquanto o aguardava. A primeira olhada, não havia nada que falasse muito sobre Bright no eletrônico.
— Certo, por onde começamos? – Perguntou ao mais alto.
— Não tenho ideia.
Bright lhe lançou um olhar impaciente, Metawin simplesmente deu de ombros como quem pede desculpas que fez o mais velho revirar os olhos.
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O último beijo | brightwin
RomanceVocê acredita em destino? Em maldições, contos e lendas? Bright sempre achou que isso tudo fosse parte de histórias infantis até que percebeu que uma coisa bizzara acontecia em sua vida: todas pessoas que ele beijava morriam em uma semana. Em razão...