Capítulo revisado, mas pode conter erros
Boa leitura!
Haviam se passado sete dias após o incidente sobrenatural entre Bright e Win no elevador do hospital. As sombras acompanharam eles no decorrer daquela semana, não os viram, no entanto puderam sentir que aquela presença assombrosa estava em seu encalço. Metawin estava sentado a sua escrivaninha com o notebook aberto e um caderno e livros amontoados a seu redor. Deveria estar estudando, mas sua mente divagava para qualquer coisa que não fosse o conteúdo.
A nova aba do navegador estava aberta num blog que este havia encontrado sobre lendas urbanas, o menu dele tinha uma série vasta de lendas das mais diversas nacionalidades. Infelizmente nenhuma história tailandesa, japonesa, senegalesa, holandesa ou celta ou qualquer outra continha respostas das quais ele queria. A palma da mão coçou a nuca úmida antes de voltar ao teclado do notebook e apagar os caracteres do navegador. Olhou aquele espaço em branco até que um nome lhe veio a mente. Digitou "Bright pintor" e clicou o botão enter.
A tela mudou revelando uma lista gigante matérias de sites de artes e galerias de toda a Tailândia e até alguns artigos britânicos e franceses. A parte superior mostrava uma curta série de fotos, era o mesmo homem que estava preso com ele no elevador. Metawin abriu o link de acesso de seu Instagram, seu queixo caiu com a grande quantidade de seguidores que tinha. Ele se pegou pensando se as pessoas que o seguiam de fato estavam interessadas em arte ou no artista.
Seu feed era diversificado, havia fotos dele, um destaque específico para seus stories de academia, um com um gato, outro para suas criações e um para aulas. Metawin parou para analisar com cautela cada foto do artista, Bright era bonito, dono de feições marcantes e únicas. Notou as cicatrizes dele, estas, que poderiam ser uma imperfeição, fez com que Win o achasse mais bonito. Uma beleza tátil, realista, humana... Não tinha percebido que ele tinha olhos tão apáticos, sem luz.
O estudante examinou todas as fotos do homem em detalhes, ele nunca sorria e as sobrancelhas estavam continuamente arqueadas, formando um pequeno sulco em sua testa. Bright parecia alguém triste, melancólico até. No entanto tinha uma língua afiada pelo pouco que conheceu. Seguiu sua conta e voltou ao navegador e adicionou a palavra "quadros", clicou na opção de imagens. Um mar de fotos de quadros monocromáticos preencheu a tela.
Todos eram dotados de uma destreza e riqueza de detalhes. Cada quadro era pintado em tons frios, a cor mais vivida presente em todas as obras era um laranja terroso bem denso. Eles pareciam muito com quem os pintava, havia uma dor nos quadros, um lamento que aparentemente ninguém percebia. Havia algo Bright queria contar através de suas telas ou se tratava apenas de sua marca registrada como artista? Apesar se sentir aquele pesar ao olhar tanto o pintor quanto as pinturas, se sentia intrigado. Por que alguém como ele, com fama e prestígio, com quadros em galerias renomadas no exterior tinha um ar tão deprimido? Dinheiro e notoriedade não era o que a maioria da pessoas almejava? Então por que alguém com tanto reconhecimento quanto Vachirawit parecia descontente? Ainda mais possuindo tudo o que é desejado, com o acréscimo de ser novo e belo. Talvez ele se sinta solitário.
Win apoiou o cotovelo sobre a mesa e descansou o queixo sobre a palma da mão, encarando a foto do pintor na tela. Pela primeira vez se sentia instigado em relação a alguém, não sabia se o acontecimento sobrenatural tinha envolvimento, mas sabia que queria saber mais. Não somente a respeito de Bright como também o que tinha acontecido naquele elevador. Sentiu um calafrio percorrer a espinha e os pelos da nuca se arrepiarem o que fez ele se mover na cadeira. Sua irmã sempre disse que sua curiosidade o levaria a lugares inimagináveis. Talvez ela estivesse certa.
Foi assim que ele perdeu mais de duas horas de estudo para pesquisar sobre lendas e histórias macabras de assombrações em espelhos e hospitais. Franziu as sobrancelhas quando pensou se seria algo que o aterrorizaria pelo resto da vida, se seria eternamente perseguido por mais e mais fantasmas como nesses filmes de terror. Ele era bonito demais para morrer. Isto é, se o objetivo fosse a morte e se essas coisas o atormentassem tanto a ponto de todos a sua volta o acharem louco e Win ser internado numa clínica psiquiátrica onde seria mal trato e torturado de inúmeras formas maquiavélicas, estando a mercê de pessoas cruéis e assombrações?
— Você não está em American Horror Story, Win. Se recomponha.
Esticou as costas doloridas e continuou na pesquisa. Tanto a história maluca do elevador quanto Bright rodeavam seus pensamentos, fazia um bom tempo desde a última vez que alguma coisa lhe dominava a mente. A última vez acontecera com Maysen. Grunhiu incomodado, se convencendo que ele era um passado morto e enterrado, mesmo que a ausência de notícias suas o irritasse.
Fechou a aba e voltou a se concentrar nos seus estudos. Passou as próximas horas fazendo revisões e fichamento de assuntos até cair no sono sobre a própria escrivaninha, enquanto estava meio desperto e meio adormecido, tratou de colocar um post it na parede para lembrar de visitar Bright no seu estúdio o quanto antes e sonhou com tintas escuras manchando não somente telas, mas como ele também. Algumas quentes e espessas demais para serem apenas tintas, algumas que pelo cheiro se assemelhavam a sangue.
Oi, oi! Desculpem pela demora na atualização, tive alguns contratempos e os dias ficaram bem agitados e não deu. E aí, como vocês estão? Esse capítulo é relativamente curto, mas tenho um apegozinho com ele. Acho fofo Win buscando saber sobre o Bright.
E amanhã a autora que vos fala estará completando 21 anos e teremos atualização também amanhã para comemorar! Quero agradecer o carinho de todos vocês com meu bebê, amo ver vocês lendo e interagindo, o feedback também é muito importante. Chega de boiolagens aqui, espero que gostem do capítulo e vejo vocês amanhã, grande beijo!
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O último beijo | brightwin
RomanceVocê acredita em destino? Em maldições, contos e lendas? Bright sempre achou que isso tudo fosse parte de histórias infantis até que percebeu que uma coisa bizzara acontecia em sua vida: todas pessoas que ele beijava morriam em uma semana. Em razão...