Capítulo revisado, mas pode conter erros.
Por fim, Metawin não voltou para casa naquela noite. Passou a madrugada inteira no quarto de Bright, os dois conversaram até o nascer do sol. Foi um tipo de conexão diferente, Win esqueceu a raiva que sentia dele no começo e Bright se sentia tranquilo na medida do possível. Os homens ficaram deitados paralelamente sobre o colchão retangular e falaram sobre absolutamente tudo. Desde programas favoritos durante a infância até seus medos. Win se abriu sobre a filemafobia e do quanto lhe era apavorante ver alguém se aproximar para beijá-lo.
Se abrir para outra pessoa tende a ser uma coisa difícil em grande parte dos casos, mas entre eles foi fácil e leve. As palavras simplesmente fluíram para fora, e foi bom. Entre conversas, piadas e risadas – muitas delas na verdade, mais do que poderiam contar – Win descobriu que gostava muito do som da risada do pintor, e de como seus ombros se curvavam enquanto ria. Vachirawit também notou que o mais novo tinha o sorriso mais encantador que seus olhos já viram em todos os seus anos de existência. Era algo... magnífico. Mágico. E os belos lábios faziam seu sorriso ser ainda mais cativante.
— Nós somos uma dupla perfeita, você não pode beijar e eu tenho medo. O que pode dar errado? – Fora o que Win disse aos risos.
Bright riu forçado para fingir que era engraçado, não achou que fosse de bom tom dizer que já havia desejado o beijar duas vezes. Preferiu deixar esse pensamento trancado em seu subconsciente. Win não deixou de reparar como o artista tinha um corpo bonito enquanto ficou sentado a cozinha minúscula, lhe observando fazer o café da manhã para os dois. Por alguma razão isso o fez se sentir estranhamente bem. Existia algo curioso naquilo, em como sentia uma parte de si preenchida causando uma impressão de que nada mais lhe faltava. Bright compartilhava disso também, ainda que nenhum dos dois chegasse a vocalizar isso.
Por se tratar de uma quarta-feira os dois ainda tinham suas responsabilidades do dia a dia. Ambos se despediram na calçada frente a galeria, Bright que teve o impeto de coragem para segurar o pulso do mais alto e este o abraçou. Foi um abraço rápido e quando estavam distantes, sentiram falta do calor um do outro, do contato e forma que seus físicos se encaixavam perfeitamente.
E ali, invisível a qualquer percepção humana, duas entidades estavam paradas juntas observavam o movimento matutino da rua através dos primeiros raios de sol atravessando o céu enquanto conversavam.
— Eles estão fazendo a mesma coisa. – Pontuou Nani.
— Desta vez é diferente.
— É claro, Dew, nós estamos intervindo. A senhora terá um grande prazer em nos desintegrar. – Havia um alerta de perigo em sua voz. E medo, muito medo.
— Nani, dessa vez é diferente e tecnicamente não estamos indo contra as regras da nossa ama. – Virou o rosto para o olhar. – Então não estamos fazendo nada de errado.
— Sim, exceto pelo fato dela ter nos proibido de se revelar. A ideia do livre arbítrio é de outra vertente religiosa.
— Não seja assim. – A voz doce de Dew adquiriu um tom mais severo. – Você sabe o quanto ela complicou dessa vez, você mesmo disse que estava cansado de ouvir o choro dele.
— Eu sei o que eu disse, você não precisa me lembrar. Não estou arrependido, a única coisa que quero lembrar é que essa é a última chance deles e ela tem que dar certo ou nós dois vamos pagar também.
— Só precisamos empurrá-los na direção certa. Você sente isso, a atmosfera entre eles já está mudando. – Dew tinha o que devia ser a sombra de um sorriso oscilante em seus lábios. – Eles vão se encontrar.
— Espero que seja antes que ela descubra.
— Vai ser, desta vez tudo vai dar certo.
— Disse isso nas últimas onze vezes. – Zombou Nani fazendo Dew revirar os olhos.
— Essa vai ser a última. Acho que eles dão bem mais teimosos.
— Bright ainda é um nervosinho de primeira. – O humor não saiu da voz de Nani.
— Sei que Bright vai saber usar essa raiva no momento que tiver que lutar por Metawin.
— É o que ele vem fazendo o tempo todo.
— Porque enquanto Bright o amar, Nani, ele sempre vai ter uma razão para lutar.
Oooi, sejam bem vindos de volta ao meu delírio, como sempre bem atrasada né? Bem esse capítulo é um pouco mais curtinho que os demais, nada de muito revolucionário acontece aqui, mas ele tem sua importância, inclusive é um dos meus favoritos por alguma razão. Trás uma sensação de coisas se encaixando.Finalmente a autora que vos fala conseguiu entrar na universidade e já tô começando a se arrepender, o que significa menos tempo livre para concluir a história, é eu não terminei ainda, mas eu vou. Aliás domingo que vem tem atualização, podem ir até me cobrando no mural. Não esqueçam de divulgar para os amigos, inimigos, namorados, fãs, cachorros de vocês e de votar nos capítulos. E comentem, amo ver vocês interagindo e dando opinião.
Eu me despeço por aqui, até a próxima e grande beijo!
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O último beijo | brightwin
RomanceVocê acredita em destino? Em maldições, contos e lendas? Bright sempre achou que isso tudo fosse parte de histórias infantis até que percebeu que uma coisa bizzara acontecia em sua vida: todas pessoas que ele beijava morriam em uma semana. Em razão...