Capítulo 25

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Capítulo revisado, mas pode conter erros.


De volta a Bangkok, os diários ficaram com Vachirawit. Win havia lido para ele durante a viagem de volta enquanto sua cabeça estava apoiada em seu ombro. O artista acabou caindo no sono depois de três capítulos.

E enfim a semana de provas do mais novo chegou e limitou demasiadamente o contato de ambos. Segunda foi um dia tortuoso, Metawin sabia que suas notas seriam péssimas, não estava conseguindo se concentrar pois sua mente divagava para Bright, preocupado. A preocupação não era apenas com o pintor, consigo também.

Em razão de seu histórico, Win começou a ter mais atenção ao que sentia e no que estava ao seu redor. Vachirawit nunca foi muito específico a respeito de como as outras mortes ocorreram, apenas sobre o tempo, no máximo uma semana. Era o segundo dia, faltavam cinco ainda. Não desconfiava da veracidade dos eventos, entretanto isso não o impedia se sentir medo. Ainda mais que se recordava nitidamente do choro tão pesaroso do artista, do jeito como ele o abraçou como se temesse que sumisse de uma hora para outra. Isso também o afetou bastante.

Bright também se via sob tensão constante. Estava inquieto e instável desde o beijo, a aflição recaía sobre ele todo momento que se recordava que a morte poderia estar caminhando a seu lado esperando o momento exato para reivindicá-lo. Lamentavelmente não podia estar com ele todo o tempo, Win tinha uma vida longe de si e responsabilidades a arcar. Eram minutos de suspense quando mandava uma mensagem para ele e precisava aguardar a resposta, do outro lado imaginava sempre o pior.

Como havia desmarcado todos seus compromissos daquela semana, Chivaaree estava ocioso grande parte de seu dia. Aproveitou para fazer uma limpeza na galeria, em seu estúdio e onde dava aula. Reorganizou seu material de arte novamente, deu banho em sua gata, trocou os lençóis de cama e arrumou todos os produtos de limpeza por ordem crescente de marcas. Por mais que tentasse se manter ocupado, nada era capaz de afastar o pressentimento ruim que sentia. Sentou a sua cadeira de madeira de recosto acolchoado, esfregando o indicador e o polegar com força sobre os olhos.

Encarou o quadro a sua frente, era o segundo que já tinha terminado. Sacolejou a cabeça de um lado para o outro, buscando um pincel fino, o molhou na tinta branca e fez sua assinatura padrão no canto inferior direito da tela. O quadro ficou repousando num canto do quarto onde havia mais incidência solar a medida que colocava outra tela em branco sobre o cavalete.

De qualquer forma, Bright tinha um planejamento para aquilo que estava pintando e decidiu terminar o quanto antes por causa de Win. A lembrança de seu rosto, feliz por um simples desenho, lhe veio a cabeça. De imediato, começou a desenhar aquela cena, todos aqueles quadros seriam um presente ao mais novo. Nem que fosse apenas de despedida.

Devia ser por volta das duas da manhã quando Vachirawit finalmente parou de pintar, tomou banho, comeu um sanduíche e foi dormir, como sempre, depois de tomar remédio para apagar. Ficara sentado na cama, encostado na cabeceira, o abajur aceso o primeiro volume do diário sobre seu colo. O artista havia dado um descanso as lentes de contato e usava os óculos para ler. Desde que tinha começado a ler não abandonou o pensamento do quanto estava achando tudo muito estúpido, mas manteve o ritmo, por Metawin.

O último beijo | brightwinOnde histórias criam vida. Descubra agora