Capítulo revisado, mas pode conter erros.
Posterior ao jantar, os dois homens se sentaram no banco de madeira disposto na pequena varanda com um notebook sobre colo. A brisa da noite era fria, os dois estavam agasalhados com a colcha grossa enrolando seus corpos, fazendo que os dois ficassem mais próximos.— Maldição é um termo muito aberto, Bai, por onde vamos começar?
— Beijo amaldiçoado parece meio idiota de se pesquisar, mas é a única coisa que passa na minha cabeça. – Bright proferiu, enrolando-se mais na coberta.
Win pesquisou pela sugestão e o mais velho puxou o eletrônico para seu colo. Havia um bom número de resultados, ainda que tivesse que absorver alguma coisa de fato relevante. Dezenas de milhares de recomendações de livros apareciam a cada lugar que procurava. Bright sentiu o outro aproximar mais seu corpo de si próprio, pela visão periférica enxergava a lateral de seu rosto. Os dois liam avidamente o texto exposto na tela, atento a cada detalhe que aparentava ser importante.
— Para! Eu conheço esse livro. – Metawin apontou para um canto e virou-se para Bright.
O mais novo o olhou, viu uma constelação reluzente nos castanhos dos olhos do pintor. Uma luz dourada como o sol, um brilho que ele não vira em suas orbes antes. Pensou que ele não poderia ser mais bonito. Estavam tão perto um do outro que ambos os narizes se roçavam, a respiração se mesclava. Metawin sentiu o ar quente da respiração de Bright em seu rosto, inspirou fortemente, prendendo o fôlego. O olhar recaiu sobre seus lábios, delicadamente arqueados, a boca bem delimitada, coberta por um quê de vermelho. A cor do desejo e nesse momento, Win desejava muito beijá-lo.
Bright tinha um turbilhão de pensamentos em sua mente, a proximidade e cheiro gostoso de baunilha que emanava dele. Poderia morar naquele cheiro se fosse possível. Apertou os dedos no tecido da calça, tenso com a ansiedade crescente em seu peito. Por um breve segundo, sentiu-se tentado a selar seus lábios, mas sabia que não poderia. Não sem colocar sua vida em risco. Virou o rosto para o lado oposto, forçando uma tosse. Win recuou. Ao voltar-se para ao notebook, procurou parecer indiferente, não saberia lidar com a decepção em seu rosto.
— Isso foi deplorável.
A voz de Nani irrompeu o clima estranho. Bright assustou-se, quase derrubando o eletrônico, sorte que Win fora ágil em segurar o aparelho antes que caísse.
— Foi péssimo na verdade. Depois de tanto tempo achei que poderia ser melhor. – Mesmo que a voz de Dew fosse suave, quase sempre havia uma impaciência implícita.
— O que estão fazendo aqui? – Vachirawit foi obtuso em sua fala.
— Observando o progresso, claro. Como estão indo? – Dew recostou o quadril no peitoril da varanda, apoiando as mãos no cercado de madeira.
— Bem, eu acho. – Metawin preferiu se antecipar antes Bright dissesse alguma grosseira. – Acabamos de achar um livro chamado "Todas os males do mundo" de Herriet Bourbon*. Acho que vi ele na biblioteca da universidade.
— Não vão procurar as respostas que procuram nesses livros, a grande maioria não tem sequer um terço do que é real. A parcela do que é verídico é muito pequena. Humanos tem pouquíssimo contato com o misticismo, o problema é que sua espécie é muito preponte e acha que o pouco que sabe é tudo. – Nani adicionou, manejando a cabeça aparentando pesar. – Há algumas livrarias espalhadas pelo país que foram escritos por videntes e alguns deuses esquecidos.
— Isso existe mesmo? – Após concluir a fala, Win percebeu que ela parecia menos idiota em sua cabeça.
— Nossa ama é uma, basicamente. Um dia vocês irão conhecê-la. – Dew o respondeu.
— Tá e onde devemos procurar? Ou vocês só aparecem para nós deixar mais confusos?
— Bright, nós não podemos simplesmente contar o que vocês querem, pertubaria a ordem dos acontecimentos já predefinidos pelo destino. Há coisas que vocês tem que resolver e entender sozinhos, o máximo que podemos fazer é lhe dar pistas sem interferir. – Nani havia falado firme de tamanha forma que Vachirawit não teve presença de espírito para retrucar. – Não podemos manipular o livre arbítrio das escolhas que vocês tomam. Tudo tem caminho a seguir.
— E isso nem foi ideia nossa. – Dew ergueu as mãos como se quisesse se isentar de culpa.
— Se abrirmos a boca e contar o que querem suas decisões vão mudar e vai alterar todos os acontecimentos futuros.
— Independente de quem foi a ideia. – Metawin interpôs. – Se vocês não podem intervir para não alterar nossas decisões, podem ao menos dar uma dica clara? Porque, não querendo ofender, charadas subjetivas atrapalham mais do que ajudam.
— Há uma livraria mística em Pattaya chamada Mysteris Tale. Vou fazer um pedido em nome de vocês e só precisam ir lá buscar. – Disse Dew.
— Em Pattaya!? – Arquejou Win. – Não sei se vou poder, minha semana de provas está se aproximando e eu preciso sair bem delas.
— Podemos ver um final de semana, depois das suas provas.
Metawin teve a mesma reação que teria se Vachirawit tivesse lhe dado um tapa, o outro achou gracioso com a feição estupefada no rosto bonito. Suas expressões sempre eram cativantes.
— É o tempo que precisamos para planejar, Win.
— Certo.
Ainda surpreso, Metawin concordou. Pensou que eles teriam que ir juntos de qualquer forma, havia o pressentimento de que lá encontraria todas as respostas que precisava. Ele e Vachirawit tinham uma descoberta, unicamente deles, para fazer e nada poderia os impedir até porquê o tempo corria como areia em uma ampulheta.
Olá mais uma vez! Atrasada como sempre para não perder o charme, faz parte né. E como estão todos? Eu espero que todo mundo esteja muito bem e se não estiver, vai melhorar. Eu posso dizer que já estão estamos basicamente no meio da fanfic, olha só que foda. Tô correndo com a faculdade para poder terminar a história mais rápido possível para poder trazer atualizações mais rápidas para vocês. Também fiquei de olho no meu perfil porque essa semana vou soltar uma coisinha para vocês tá?E é aqui queridos leitores o meu coração que eu me despeço, não esqueçam dessa linda estrelinha no cantinho e de comentar, amo interagir com vocês. Até a próxima e um grande beijo!
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O último beijo | brightwin
RomanceVocê acredita em destino? Em maldições, contos e lendas? Bright sempre achou que isso tudo fosse parte de histórias infantis até que percebeu que uma coisa bizzara acontecia em sua vida: todas pessoas que ele beijava morriam em uma semana. Em razão...